Bolivianos vão às urnas, em eleição presidencial mais acirrada da história
As pesquisas apontam um leve favoritismo para o atual presidente, Evo Morales, porém muito distante da ampla maioria registrada desde sua primeira vitória
AFP
Publicado em 20 de outubro de 2019 às 10h22.
Última atualização em 20 de outubro de 2019 às 10h23.
La Paz — Mais de 7,3 milhões de bolivianos comparecem às urnas neste domingo (20) para eleições que definirão o presidente e o vice-presidente para o período 2020-2025, nas quais Evo Morales busca o quarto mandato e tem como grande rival o ex-presidente Carlos Mesa.
A votação começou oficialmente às 8H00 locais (9H00 de Brasília) e deve prosseguir até 16H00 (17H00 de Brasília).
As pesquisas apontam um leve favoritismo para o atual presidente, porém muito distante da ampla maioria registrada desde sua primeira vitória em 2006 e em duas reeleições, nas quais não deu chances aos rivais. Uma sondagem da universidade estatal mostra o presidente com 32,3% e Mesa com 27%.
Morales dedicou a última parte da campanha a tentar ampliar a vantagem para manter a hegemonia na Assembleia Legislativa Plurinacional (ALP), como nos últimos dois mandatos, o que permitiu a imposição de suas políticas.
Seu objetivo, declarado em algumas ocasiões, é alcançar 70% dos votos válidos na eleição, para a qual estão convocados 7,3 milhões de bolivianos.
A votação, obrigatória, foi inaugurada pela presidente do Tribunal Supremo Eleitoral (TSE), María Eugenia Choque, que ressaltou as garantias de transparência do processo.
"A população pode ficar tranquila, porque foram adotadas as medidas necessárias para resguardar o voto", afirmou Choque, diante dos temores expressados por setores da oposição sobre algum tipo de fraude organizada pelo governo.
Um total de 7.315.364 bolivianos estão registrados para votar em 5.301 seções eleitorais espalhadas pelos país. Os bolivianos no exterior votam em embaixadas e consulados.
Uma pesquisa divulgada por uma universidade estatal aponta 32,3% das intenções de voto para Morales e 27% para Mesa, cenário que aponta um segundo turno, algo que seria inédito para Morales.