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Boko Haram ataca nordeste da Nigéria após ofensiva chadiana

Vários homens armados invadiram na quarta-feira mais de uma dezena de localidades do distrito de Kala Balge, no estado de Borno

Boko Haram: centenas de moradores do distrito de Kala Balge fugiram para o vizinho Camarões (Reprodução/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 27 de fevereiro de 2015 às 19h23.

O Boko Haram atacou várias áreas do nordeste da Nigéria , perto da fronteira com Camarões, em represália a uma ofensiva do exército chadiano contra as bases de defesa do grupo islamita nigeriano - afirmaram, nesta sexta-feira, vários moradores do local à AFP.

Vários homens armados invadiram na quarta-feira mais de uma dezena de localidades do distrito de Kala Balge, no estado de Borno, onde esfaquearam vários habitantes e destruíram casas.

Centenas de moradores fugiram para o vizinho Camarões, país membro da coalizão contra os islamitas, que respondeu com o bombardeio de posições do Boko Haram.

"Fizeram de alvo os habitantes de origem shuwa, etnia de vários soldados chadianos", disse Adum Walfannea, de etnia shuwa, morador de Anguduram.

Kurso Khala, que conseguiu fugir de Mudu, explicou como os atacantes cercaram um mercado local, antes de bloquear todas as saídas exceto uma.

"Perguntavam para todo mundo se a pessoa era kanuri [etnia principal do Boko Haram] ou shuwa antes de nos liberar", explicou por telefone Khala, que está em Fotokol, em Camarões.

"Se alguém se identificava como shuwa, matavam com um tiro pelo ombro logo após sair do mercado", acrescentou.

Ainda que o balanço oficial de mortos seja desconhecido até o momento, Walfannea e Imar Koshnana, da localidade de Musiye, indicaram que o número de vítimas poderia ser elevado.

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Vários homens armados invadiram na quarta-feira mais de uma dezena de localidades do distrito de Kala Balge, no estado de Borno, onde esfaquearam vários habitantes e destruíram casas.

Centenas de moradores fugiram para o vizinho Camarões, país membro da coalizão contra os islamitas, que respondeu com o bombardeio de posições do Boko Haram.

"Fizeram de alvo os habitantes de origem shuwa, etnia de vários soldados chadianos", disse Adum Walfannea, de etnia shuwa, morador de Anguduram.

Kurso Khala, que conseguiu fugir de Mudu, explicou como os atacantes cercaram um mercado local, antes de bloquear todas as saídas exceto uma.

"Perguntavam para todo mundo se a pessoa era kanuri [etnia principal do Boko Haram] ou shuwa antes de nos liberar", explicou por telefone Khala, que está em Fotokol, em Camarões.

"Se alguém se identificava como shuwa, matavam com um tiro pelo ombro logo após sair do mercado", acrescentou.

Ainda que o balanço oficial de mortos seja desconhecido até o momento, Walfannea e Imar Koshnana, da localidade de Musiye, indicaram que o número de vítimas poderia ser elevado.

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