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Ban Ki-moon pede envio de mais 3 mil soldados para RCA

Proposta é o primeiro ponto de seis ações apresentadas hoje por Ban ao Conselho de Segurança da ONU para conter a crise e proteger à população civil no país

Soldados patrulham uma rua de Bangui, na República Centro-Africana: Ban Ki-Moon recomendou unificar comando de tropas internacionais que operam no país (Sia Kambou/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 20 de fevereiro de 2014 às 19h09.

Nações Unidas - O secretário-geral da ONU , Ban Ki-moon, pediu nesta quinta-feira para que seja reforçada urgentemente a presença internacional na República Centro-Africana (RCA) com, pelo menos, mais três mil soldados e policiais para frear a catástrofe instalada no país.

A proposta é o primeiro ponto de seis ações apresentadas hoje por Ban ao Conselho de Segurança da ONU para conter a crise e proteger à população civil no país, que sofre uma espiral de violência protagonizada por milícias muçulmanas e cristãs desde dezembro do ano passado.

Ele disse que os novos militares e policiais deverão estar na República Centro-Africana nos próximos dias e semanas para apoiar às tropas francesas e africanas que já estão no local, que ele considera insuficientes para responder à situação.

"Dada a escala e a amplitude geográfica da violência, as necessidades de segurança excedem com muito as capacidades do número de tropas internacionais enviadas. Nos lugares onde não há tropas internacionais, a opção para muitos civis é fugir ou ser assassinados", alertou.

Ban destacou, por isso, a importância de que se dote às novas equipes de meios de transporte aéreo para poder operar em todo o território do país.

Ele recomendou, além disso, unificar o comando de todas as tropas internacionais que operam na República Centro-Africana, e assegurar que estas se concentram nas prioridades mais urgentes. Também pediu apoio logístico e financeiro para as forças africanas que se unam à operação.

O secretário-geral advogou por transformar a atual missão africana em uma operação de paz da ONU, mas lembrou que a realização desse processo necessitará meses.


Ao mesmo tempo, pediu mais apoio do governo centro-africano para que possa recuperar capacidades mínimas e a reunir mais fundos para ajuda humanitária.

"Civis inocentes estão sendo assassinados em grandes números. Estás vítimas não são os chamados "efeitos colaterais" da luta entre grupos rebeldes. Estão sendo assassinados de propósito, por conta de crenças religiosas pela comunidade à qual pertencem", ressaltou.

Atualmente, a União Africana tem cerca de seis mil homens no território para tentar proteger à população, apoiados por um contingente francês que deve aumentar até em dois mil. A União Europeia, por sua vez, deve enviar entre 500 e mil pessoas, as primeiras das quais deveriam estar operativas no começo de março.

A crise na República Centro-Africana aumentou nas últimas semanas, após meses de enfrentamentos entre milícias cristãs e muçulmanas. A capital, Bangui, foi tomada em 24 de março do ano passado pela então coalizão rebelde Séléka, que assumiu o poder no país após a fuga do presidente François Bozizé.

A coalizão Séléka, composta por quatro grupos rebeldes, pegou em armas no norte do país em dezembro de 2012 ao considerar que Bozizé não tinha respeitado acordos de paz assinados em 2007.

No entanto, os rebeldes são de confissão muçulmana, frente a uma população majoritariamente católica, por isso que o conflito adquiriu ares sectários e religiosos.

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Nações Unidas - O secretário-geral da ONU , Ban Ki-moon, pediu nesta quinta-feira para que seja reforçada urgentemente a presença internacional na República Centro-Africana (RCA) com, pelo menos, mais três mil soldados e policiais para frear a catástrofe instalada no país.

A proposta é o primeiro ponto de seis ações apresentadas hoje por Ban ao Conselho de Segurança da ONU para conter a crise e proteger à população civil no país, que sofre uma espiral de violência protagonizada por milícias muçulmanas e cristãs desde dezembro do ano passado.

Ele disse que os novos militares e policiais deverão estar na República Centro-Africana nos próximos dias e semanas para apoiar às tropas francesas e africanas que já estão no local, que ele considera insuficientes para responder à situação.

"Dada a escala e a amplitude geográfica da violência, as necessidades de segurança excedem com muito as capacidades do número de tropas internacionais enviadas. Nos lugares onde não há tropas internacionais, a opção para muitos civis é fugir ou ser assassinados", alertou.

Ban destacou, por isso, a importância de que se dote às novas equipes de meios de transporte aéreo para poder operar em todo o território do país.

Ele recomendou, além disso, unificar o comando de todas as tropas internacionais que operam na República Centro-Africana, e assegurar que estas se concentram nas prioridades mais urgentes. Também pediu apoio logístico e financeiro para as forças africanas que se unam à operação.

O secretário-geral advogou por transformar a atual missão africana em uma operação de paz da ONU, mas lembrou que a realização desse processo necessitará meses.


Ao mesmo tempo, pediu mais apoio do governo centro-africano para que possa recuperar capacidades mínimas e a reunir mais fundos para ajuda humanitária.

"Civis inocentes estão sendo assassinados em grandes números. Estás vítimas não são os chamados "efeitos colaterais" da luta entre grupos rebeldes. Estão sendo assassinados de propósito, por conta de crenças religiosas pela comunidade à qual pertencem", ressaltou.

Atualmente, a União Africana tem cerca de seis mil homens no território para tentar proteger à população, apoiados por um contingente francês que deve aumentar até em dois mil. A União Europeia, por sua vez, deve enviar entre 500 e mil pessoas, as primeiras das quais deveriam estar operativas no começo de março.

A crise na República Centro-Africana aumentou nas últimas semanas, após meses de enfrentamentos entre milícias cristãs e muçulmanas. A capital, Bangui, foi tomada em 24 de março do ano passado pela então coalizão rebelde Séléka, que assumiu o poder no país após a fuga do presidente François Bozizé.

A coalizão Séléka, composta por quatro grupos rebeldes, pegou em armas no norte do país em dezembro de 2012 ao considerar que Bozizé não tinha respeitado acordos de paz assinados em 2007.

No entanto, os rebeldes são de confissão muçulmana, frente a uma população majoritariamente católica, por isso que o conflito adquiriu ares sectários e religiosos.

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