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Austeridade afeta serviços para igualdade de gênero, diz ONU

Agência constatou que ainda há milhões de mulheres em todo o mundo condenadas a realizar trabalhos duros e mal remunerados

Agência das Nações Unidas para a igualdade de gêneros constatou que ainda há milhões de mulheres em todo o mundo condenadas a realizar trabalhos duros e mal remunerados (Stefan Heunis/AFP)
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Da Redação

Publicado em 27 de abril de 2015 às 14h36.

Londres - Os cortes nos orçamentos nacionais prejudicam os serviços sociais essenciais para que as mulheres encontrem trabalho, independência e a possibilidade de competir em igualdade de condições com os homens, denunciou a ONU em um relatório divulgado nesta segunda-feira.

A agência das Nações Unidas para a igualdade de gêneros constatou que ainda há milhões de mulheres em todo o mundo condenadas a realizar trabalhos duros e mal remunerados.

As mulheres recebem 24% a menos que os homens pelos mesmos trabalhos, afirma a ONU Mulheres, e a margem é maior quando se trata de mulheres com filhos.

"De Wall Street aos campos de cana de açúcar, as normas de gênero que atuam contras as mulheres são fortes", afirma Phumzile Mlambo-Ngcuka, diretora executiva da agência, ao apresentar o relatório "O progresso das mulheres no mundo 2015-2016".

Um problema importante é que as mulheres ainda têm dupla jornada de trabalho, pois, além de funcionárias, têm responsabilidades no lar, seja com filhos ou pessoas mais velhas, ou caminham quilômetros a cada dia para pegar água.

"Onde não há serviços públicos, o déficit é assumido pelas mulheres e as crianças", afirmou Mlambo-Ngcuka.

O informe observa como a extensão da atenção infantil, as licenças maternidade e paternidade ajudaram as mulheres no emprego, o que, por sua vez, deu a oportunidades a suas famílias de levarem uma vida melhor.

As leis que regulam o trabalho doméstico, a proibição da discriminação de gênero e o salário mínimo também ajudaram a reduzir a pobreza e eliminar barreiras para a igualdade.

Mas, nos países europeus, as medidas de austeridade ameaçam os serviços públicos que permitem que as mulheres trabalhem, afirmou a coautora do estudo, Laura Turquet.

"As medidas de austeridade são um tema dos direitos das mulheres", enfatizou.

O relatório também revela que as mulheres têm mais probabilidades de ocupar trabalhos menos valorizados - 83% das empregadas domésticas são mulheres -, e que quase a metade delas não tem direito a um salário mínimo.

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A agência das Nações Unidas para a igualdade de gêneros constatou que ainda há milhões de mulheres em todo o mundo condenadas a realizar trabalhos duros e mal remunerados.

As mulheres recebem 24% a menos que os homens pelos mesmos trabalhos, afirma a ONU Mulheres, e a margem é maior quando se trata de mulheres com filhos.

"De Wall Street aos campos de cana de açúcar, as normas de gênero que atuam contras as mulheres são fortes", afirma Phumzile Mlambo-Ngcuka, diretora executiva da agência, ao apresentar o relatório "O progresso das mulheres no mundo 2015-2016".

Um problema importante é que as mulheres ainda têm dupla jornada de trabalho, pois, além de funcionárias, têm responsabilidades no lar, seja com filhos ou pessoas mais velhas, ou caminham quilômetros a cada dia para pegar água.

"Onde não há serviços públicos, o déficit é assumido pelas mulheres e as crianças", afirmou Mlambo-Ngcuka.

O informe observa como a extensão da atenção infantil, as licenças maternidade e paternidade ajudaram as mulheres no emprego, o que, por sua vez, deu a oportunidades a suas famílias de levarem uma vida melhor.

As leis que regulam o trabalho doméstico, a proibição da discriminação de gênero e o salário mínimo também ajudaram a reduzir a pobreza e eliminar barreiras para a igualdade.

Mas, nos países europeus, as medidas de austeridade ameaçam os serviços públicos que permitem que as mulheres trabalhem, afirmou a coautora do estudo, Laura Turquet.

"As medidas de austeridade são um tema dos direitos das mulheres", enfatizou.

O relatório também revela que as mulheres têm mais probabilidades de ocupar trabalhos menos valorizados - 83% das empregadas domésticas são mulheres -, e que quase a metade delas não tem direito a um salário mínimo.

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