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Ato de copiloto causa raiva e consternação na Alemanha

A tristeza causada pelo acidente com avião da Germanwings se somava à raiva e à consternação após a revelação de que a queda foi um ato voluntário do copiloto

Germanwings:o copiloto Andreas Lubitz, de 28 anos, é o responsável pela morte das 150 pessoas a bordo do voo da Germanwings, segundo a Justiça (Jan Seba/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 26 de março de 2015 às 19h34.

A tristeza causada na Alemanha pelo acidente com o Airbus A320 da Germanwings, que matou as 150 pessoas a bordo, se somava à raiva e à consternação após a revelação de que a queda foi um ato voluntário do copiloto alemão.

"Gostaria de saber onde morava o assassino", disse Hans-Dieter, um homem de 50 anos, falando a jornalistas em torno da casa de familiares de Andreas Lubitz, o copiloto acusado de provocar deliberadamente a queda do avião da Germanwings, na manhã de terça-feira.

"Para mim, ele é como o matador da Noruega", disse Hans-Dieter, evocando o atirador Anders Behring Breivik.

As informações divulgadas pela justiça francesa revelam que o copiloto Andreas Lubitz, de 28 anos, é o responsável pela morte das 150 pessoas a bordo do voo da Germanwings, que bateu contra uma montanha dos Alpes franceses, o que provocou raiva e incompreensão em um país já chocado pela catástrofe.

Em Haltern (noroeste), cidade dos 16 alunos e dos dois professores que retornavam de um intercâmbio estudantil na Espanha e morreram na queda, o prefeito e o diretor do colégio ficaram atônitos com as últimas revelações.

"Eu me pergunto quando vai acabar este pesadelo que estamos vivendo em Haltern", declarou Bodo Klimpel, prefeito da cidade de 38 mil habitantes.

"O fato de um indivíduo ter provocado intencionalmente este acidente traz uma dimensão ainda mais terrível" à catástrofe. "Estou atônito, com raiva e em choque diante desta nova informação".

O diretor do escola das vítimas, Ulrich Wessel, disse que a nova informação "torna esta tragédia ainda pior do que pensávamos".

Totalmente inconcebível

"Se a origem do acidente fosse um problema técnico, teríamos a perspectiva de que isto não se repetiria", destacou Wessel. "O que nos deixa com raiva é que um suicida tenha provocado a morte de outras 149 pessoas".

A chanceler alemã, Angela Merkel, considerou que a tragédia tomou "uma dimensão totalmente inimaginável", acrescentando que "isso vai além da compreensão", em uma breve declaração à imprensa em Berlim.

"Não conhecemos ainda todo o contexto, por isso é importante continuar investigando para que cada aspecto seja analisado em profundidade. As notícias de hoje supõem um novo golpe, terrivelmente forte, para os parentes e amigos das vítimas. Nestas horas, nestes dias cheios de sofrimento, pensamos particularmente neles".

Visando obter "elementos pessoais suscetíveis de esclarecer os fatos", como detalhes da personalidade do copiloto e eventuais motivações, os investigadores revistaram nesta quinta-feira os apartamentos de Lubitz, em Montabaur e Düsseldorf, no oeste da Alemanha.

"Não temos indicações sobre o que possa ter levado o copiloto a cometer esta ato terrível", declarou o presidente da Lufthansa, matriz da Germanwings, Carsten Spohr.

"Mesmo nos nossos piores pesadelos, jamais poderíamos imaginar que uma tragédia como esta aconteceria", concluiu Spohr.

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A tristeza causada na Alemanha pelo acidente com o Airbus A320 da Germanwings, que matou as 150 pessoas a bordo, se somava à raiva e à consternação após a revelação de que a queda foi um ato voluntário do copiloto alemão.

"Gostaria de saber onde morava o assassino", disse Hans-Dieter, um homem de 50 anos, falando a jornalistas em torno da casa de familiares de Andreas Lubitz, o copiloto acusado de provocar deliberadamente a queda do avião da Germanwings, na manhã de terça-feira.

"Para mim, ele é como o matador da Noruega", disse Hans-Dieter, evocando o atirador Anders Behring Breivik.

As informações divulgadas pela justiça francesa revelam que o copiloto Andreas Lubitz, de 28 anos, é o responsável pela morte das 150 pessoas a bordo do voo da Germanwings, que bateu contra uma montanha dos Alpes franceses, o que provocou raiva e incompreensão em um país já chocado pela catástrofe.

Em Haltern (noroeste), cidade dos 16 alunos e dos dois professores que retornavam de um intercâmbio estudantil na Espanha e morreram na queda, o prefeito e o diretor do colégio ficaram atônitos com as últimas revelações.

"Eu me pergunto quando vai acabar este pesadelo que estamos vivendo em Haltern", declarou Bodo Klimpel, prefeito da cidade de 38 mil habitantes.

"O fato de um indivíduo ter provocado intencionalmente este acidente traz uma dimensão ainda mais terrível" à catástrofe. "Estou atônito, com raiva e em choque diante desta nova informação".

O diretor do escola das vítimas, Ulrich Wessel, disse que a nova informação "torna esta tragédia ainda pior do que pensávamos".

Totalmente inconcebível

"Se a origem do acidente fosse um problema técnico, teríamos a perspectiva de que isto não se repetiria", destacou Wessel. "O que nos deixa com raiva é que um suicida tenha provocado a morte de outras 149 pessoas".

A chanceler alemã, Angela Merkel, considerou que a tragédia tomou "uma dimensão totalmente inimaginável", acrescentando que "isso vai além da compreensão", em uma breve declaração à imprensa em Berlim.

"Não conhecemos ainda todo o contexto, por isso é importante continuar investigando para que cada aspecto seja analisado em profundidade. As notícias de hoje supõem um novo golpe, terrivelmente forte, para os parentes e amigos das vítimas. Nestas horas, nestes dias cheios de sofrimento, pensamos particularmente neles".

Visando obter "elementos pessoais suscetíveis de esclarecer os fatos", como detalhes da personalidade do copiloto e eventuais motivações, os investigadores revistaram nesta quinta-feira os apartamentos de Lubitz, em Montabaur e Düsseldorf, no oeste da Alemanha.

"Não temos indicações sobre o que possa ter levado o copiloto a cometer esta ato terrível", declarou o presidente da Lufthansa, matriz da Germanwings, Carsten Spohr.

"Mesmo nos nossos piores pesadelos, jamais poderíamos imaginar que uma tragédia como esta aconteceria", concluiu Spohr.

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