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Ativistas pedem fim de ocupação em Hong Kong

Líder e outros fundadores do OCLP anunciaram que amanhã pela tarde se colocarão à disposição das autoridades


	Bandeiras da China e de Hong Kong vistas acima de barracas de manifestantes acampados em área ocupada de Hong Kong
 (Tyrone Siu/Reuters)

Bandeiras da China e de Hong Kong vistas acima de barracas de manifestantes acampados em área ocupada de Hong Kong (Tyrone Siu/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 2 de dezembro de 2014 às 07h49.

Hong Kong - Os três fundadores do movimento Occupy Central (OCLP), núcleo original dos protestos a favor da democracia em Hong Kong, pediram nesta terça-feira aos estudantes que se retirem das zonas ocupadas e anunciaram que amanhã se entregarão para a polícia.

"Pelo bem e a segurança dos concentrados, enquanto nos preparamos para nos render, nós três pedimos aos estudantes que se retirem, recuperem-se e acumulem forças", disse Benny Tai Yiu-ting, uma das três cabeças à frente do movimento OCLP.

"Não sabemos o que vai ocorrer depois de nos entregarmos, se seremos detidos ou postos em liberdade, mas estamos preparados para as consequências", disse Tai.

O líder e os outros fundadores do OCLP, o reverendo Chu Yiu-ming e Chan Kin-man anunciaram que amanhã pela tarde se colocarão à disposição das autoridades.

Os três se mostraram dispostos a enfrentar as consequências legais por ter iniciado a campanha de desobediência civil há cerca de dois meses.

Os grupos estudantis Scholarism e a Federação de Estudantes, no entanto, pediram para os manifestantes aumentarem os protestos e os ativistas chegaram a cercar edifícios governamentais, ação que acabou com dezenas de feridos e detidos.

Além disso, o líder do Scholarism, Joshua Wong, iniciou uma greve para colocar mais pressão sobre o governo.

"Estou profundamente triste pela violência imposta aos manifestantes, mas estou orgulhoso de nossos estudantes, de nossos cidadãos, isto é um despertar", disse o reverendo Chu.

Já Tai afirmou que a "desobediência civil foi mais longe do que prevíamos, mas temos certeza de que a maioria dos manifestantes mantém o princípio da não violência".

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