Atentados de Paris foram sincronizados a partir de Bruxelas
Os três agressores da sala de concertos enviaram uma mensagem de um telefone Samsung que dizia: "Chegamos. Começamos"
Da Redação
Publicado em 30 de dezembro de 2015 às 15h35.
Paris - Os jihadistas que cometeram os atentados de Paris em 13 de novembro estiveram coordenados em tempo real por telefone com pelo menos um interlocutor, que estava nos arredores de Bruxelas e não foi identificado.
O jornal "Le Monde" revelou nesta quarta-feira este e outros detalhes sobre a operação dos terroristas a partir das cerca de 6 mil atas que foram redigidas pelos investigadores e que sugerem que um dos membros da equipe atualmente em fuga, Mohammed Abrini, poderia ter se encarregado dessa missão de coordenação.
O jornal explicou que o chamado "comando dos terraços", que realizou um ataque a tiros contra bares e restaurantes no leste de Paris deixando quase 40 mortos e dezenas de feridos, esteve em contato telefônico com um celular que foi situado "a posteriori" nos mesmos lugares de outra linha com a qual entraram em contato os terroristas da sala de concertos Bataclan.
Os três agressores da sala de concertos -Ismael Mostefaï, Samy Amimour e Foued Mohammed-Aggad enviaram pouco após estacionar junto ao Bataclan um Volkswagen Polo uma mensagem de um telefone Samsung que dizia: "Chegamos. Começamos".
O destinatário se encontrava nesse momento na Bélgica e recebeu o sms em uma linha que tinha sido aberta na véspera em nome de Salah Abdeslam e que foi desativada imediatamente.
No mesmo lugar estava quem ligou durante aquela noite -e que pode ser a mesma pessoa- para um dos membros do "comando das terraços", Abdelhaim Abaaoud, considerado o cérebro dos ataques.
Abaaoud, paralelamente, se manteve em contato telefônico com um dos três terroristas que detonou seu colete de explosivos no Stade de France, Bilal Hadfi.
Salah Abdeslam tinha deixado por volta das 20h local (17h, em Brasília) junto ao Stade de France Hadfi e outros dois homens com passaporte sírio, que tinham entrado na Europa semanas antes aproveitando a onda de refugiados e que por poderiam ser irmãos.
Hadfi foi o último a ativar seu colete de explosivos, aparentemente após ter tentado em vão entrar no estádio, onde era disputada uma partida entre França e Alemanha.
Mohammed Abrini viajava no comboio, junto aos irmãos Salah e Brahim Abdeslam, que na madrugada de 12 de novembro saíram de Bruxelas em um Renault Clio em direção à cidade belga de Charleroi, onde conseguiram as armas.
Desde Charleroi tomaram, horas depois, o caminho de Paris junto com outro carro, o Volkswagen Polo utilizado no ataque à sala Bataclan, no qual estavam três dos jihadistas: Ismael Mostefaï, Samy Amimour e Bilal Hadfi.
Abrini já tinha feito com os irmãos Abdeslam várias viagens de ida e volta na semana precedente entre França e Bélgica para preparar a logística dos atentados.
Paris - Os jihadistas que cometeram os atentados de Paris em 13 de novembro estiveram coordenados em tempo real por telefone com pelo menos um interlocutor, que estava nos arredores de Bruxelas e não foi identificado.
O jornal "Le Monde" revelou nesta quarta-feira este e outros detalhes sobre a operação dos terroristas a partir das cerca de 6 mil atas que foram redigidas pelos investigadores e que sugerem que um dos membros da equipe atualmente em fuga, Mohammed Abrini, poderia ter se encarregado dessa missão de coordenação.
O jornal explicou que o chamado "comando dos terraços", que realizou um ataque a tiros contra bares e restaurantes no leste de Paris deixando quase 40 mortos e dezenas de feridos, esteve em contato telefônico com um celular que foi situado "a posteriori" nos mesmos lugares de outra linha com a qual entraram em contato os terroristas da sala de concertos Bataclan.
Os três agressores da sala de concertos -Ismael Mostefaï, Samy Amimour e Foued Mohammed-Aggad enviaram pouco após estacionar junto ao Bataclan um Volkswagen Polo uma mensagem de um telefone Samsung que dizia: "Chegamos. Começamos".
O destinatário se encontrava nesse momento na Bélgica e recebeu o sms em uma linha que tinha sido aberta na véspera em nome de Salah Abdeslam e que foi desativada imediatamente.
No mesmo lugar estava quem ligou durante aquela noite -e que pode ser a mesma pessoa- para um dos membros do "comando das terraços", Abdelhaim Abaaoud, considerado o cérebro dos ataques.
Abaaoud, paralelamente, se manteve em contato telefônico com um dos três terroristas que detonou seu colete de explosivos no Stade de France, Bilal Hadfi.
Salah Abdeslam tinha deixado por volta das 20h local (17h, em Brasília) junto ao Stade de France Hadfi e outros dois homens com passaporte sírio, que tinham entrado na Europa semanas antes aproveitando a onda de refugiados e que por poderiam ser irmãos.
Hadfi foi o último a ativar seu colete de explosivos, aparentemente após ter tentado em vão entrar no estádio, onde era disputada uma partida entre França e Alemanha.
Mohammed Abrini viajava no comboio, junto aos irmãos Salah e Brahim Abdeslam, que na madrugada de 12 de novembro saíram de Bruxelas em um Renault Clio em direção à cidade belga de Charleroi, onde conseguiram as armas.
Desde Charleroi tomaram, horas depois, o caminho de Paris junto com outro carro, o Volkswagen Polo utilizado no ataque à sala Bataclan, no qual estavam três dos jihadistas: Ismael Mostefaï, Samy Amimour e Bilal Hadfi.
Abrini já tinha feito com os irmãos Abdeslam várias viagens de ida e volta na semana precedente entre França e Bélgica para preparar a logística dos atentados.