Atentado mata um dos generais mais temidos do regime sírio
Nascido em 1947, o general considerava a revolta popular como uma verdadeira guerra que tinha como objetivo atentar contra a soberania do país
Da Redação
Publicado em 18 de julho de 2012 às 15h29.
Cairo - O general Dawoud Rajiha, considerado o artífice de várias operações de combate à rebelião popular na Síria e uma das personalidades mais temidas do regime, foi morto nesta quarta-feira em um atentado contra o Conselho de Segurança Nacional do país.
Rajiha acreditava que os protestos que começaram em meados de março de 2011 faziam parte de uma grande conspiração contra a Síria, acusando os países ocidentais em várias ocasiões de estarem por trás das manifestações.
Nascido em 1947, o general considerava a revolta popular como uma verdadeira guerra que tinha como objetivo atentar contra a soberania do país.
Rajiha, que ocupava também o posto de vice-primeiro-ministro, foi designado em 8 de agosto de 2011, cinco meses depois do início da rebelião, como ministro da defesa do governo do então primeiro-ministro, Adel Safar.
Durante sua permanência à frente do Ministério, o exército fez sangrentas operações para dobrar a oposição e sufocar os protestos em várias cidades do país.
As ações de repressão o levaram, junto com outros ministros sírios, a integrar a lista de personalidades do regime que podem ser submetidas a sanções de Estados Unidos, União Europeia e Liga Árabe.
Entre suas manobras para manter o regime no poder especuladas pelos meios de comunicação está uma visita secreta a Moscou com o objetivo de assinar novos contratos por armas.
Rajiha nasceu em Damasco em uma família cristã procedente da cidade de Arbin, situada na periferia da capital.
A zona se transformou em um dos redutos da oposição a Assad e nos 16 meses de rebelião, foi frequentemente castigada pela repressão das forças governamentais.
Rajiha foi formado pela Academia de Guerra no ano de 1968 com a especialidade de artilharia de campo, e participou de diversos cursos de capacitação militar. Durante sua longa carreira no exército, chegou rapidamente ao cargo de general, em 1998, e ao de general-de-brigada, em 2005.
Ele também foi diretor e presidente de vários departamentos e órgãos das Forças Armadas sírias, e em 2004 foi designado como vice-presidente do Estado-Maior, posto que ocupou até sua nomeação como ministro da Defesa, há menos de um ano.
Rajiha fez história ao se tornar o primeiro cristão a dirigir o Ministério da Defesa desde a chegada do partido Baath, de Bashar al Assad, ao poder.
A minoria cristã, que representa aproximadamente 10% da população síria, se manteve relativamente à margem da revolução e próxima ao regime de Damasco.
Apesar das tentativas de Assad e de Rajiha de manter o atual regime, o atentado desta quarta põe em dúvida a resistência do governo.
A explosão causou também a morte do vice-ministro da Defesa, Assef Shawkat, e do assistente do presidente, Hassan Turkmani, no maior golpe contra o regime desde o início da revolta popular.
Cairo - O general Dawoud Rajiha, considerado o artífice de várias operações de combate à rebelião popular na Síria e uma das personalidades mais temidas do regime, foi morto nesta quarta-feira em um atentado contra o Conselho de Segurança Nacional do país.
Rajiha acreditava que os protestos que começaram em meados de março de 2011 faziam parte de uma grande conspiração contra a Síria, acusando os países ocidentais em várias ocasiões de estarem por trás das manifestações.
Nascido em 1947, o general considerava a revolta popular como uma verdadeira guerra que tinha como objetivo atentar contra a soberania do país.
Rajiha, que ocupava também o posto de vice-primeiro-ministro, foi designado em 8 de agosto de 2011, cinco meses depois do início da rebelião, como ministro da defesa do governo do então primeiro-ministro, Adel Safar.
Durante sua permanência à frente do Ministério, o exército fez sangrentas operações para dobrar a oposição e sufocar os protestos em várias cidades do país.
As ações de repressão o levaram, junto com outros ministros sírios, a integrar a lista de personalidades do regime que podem ser submetidas a sanções de Estados Unidos, União Europeia e Liga Árabe.
Entre suas manobras para manter o regime no poder especuladas pelos meios de comunicação está uma visita secreta a Moscou com o objetivo de assinar novos contratos por armas.
Rajiha nasceu em Damasco em uma família cristã procedente da cidade de Arbin, situada na periferia da capital.
A zona se transformou em um dos redutos da oposição a Assad e nos 16 meses de rebelião, foi frequentemente castigada pela repressão das forças governamentais.
Rajiha foi formado pela Academia de Guerra no ano de 1968 com a especialidade de artilharia de campo, e participou de diversos cursos de capacitação militar. Durante sua longa carreira no exército, chegou rapidamente ao cargo de general, em 1998, e ao de general-de-brigada, em 2005.
Ele também foi diretor e presidente de vários departamentos e órgãos das Forças Armadas sírias, e em 2004 foi designado como vice-presidente do Estado-Maior, posto que ocupou até sua nomeação como ministro da Defesa, há menos de um ano.
Rajiha fez história ao se tornar o primeiro cristão a dirigir o Ministério da Defesa desde a chegada do partido Baath, de Bashar al Assad, ao poder.
A minoria cristã, que representa aproximadamente 10% da população síria, se manteve relativamente à margem da revolução e próxima ao regime de Damasco.
Apesar das tentativas de Assad e de Rajiha de manter o atual regime, o atentado desta quarta põe em dúvida a resistência do governo.
A explosão causou também a morte do vice-ministro da Defesa, Assef Shawkat, e do assistente do presidente, Hassan Turkmani, no maior golpe contra o regime desde o início da revolta popular.