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Atenções se voltam para o Senado dos EUA em semana crucial

Senadores buscam alcançar consenso para evitar o default da economia norte-americana

Capitólio, sede do Congresso dos EUA, em Washington: "A maneira que isso vai terminar não está clara para mim. (...) Tal é a confusão que há", disse o senador republicano Bob Corker à CNN (Reuters / Jason Reed)
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Da Redação

Publicado em 13 de outubro de 2013 às 18h37.

O mundo voltou as atenções neste domingo para o Senado dos Estados Unidos , que buscava uma forma de pôr fim ao bloqueio orçamentário, com apenas três dias úteis para impedir um default da primeira economia mundial.

"A maneira que isso vai terminar não está clara para mim. (...) Tal é a confusão que há", disse a rede CNN o senador republicano Bob Corker, resumindo o estado de incerteza que reinava em Washington na manhã de domingo. "Nas últimas 24 horas, não houve nada produtivo sobre este assunto", acrescentou.

Depois de um impasse na Câmara de Deputados no sábado, as atenções se voltaram para o Senado, onde ambos os líderes dos partidos, democrata e republicano, tentarão alcançar um compromisso que ponha fim a um bloqueio político de quase duas semanas sobre o tema do orçamento e da dívida.

Os Estados Unidos enfrentam duas crises ligadas politicamente, mas cuja coincidência se deve a um azar do calendário: uma é a ausência de um acordo no Congresso dia 1º de outubro sobre o orçamento 2014 que mantém paralisado parcialmente o governo e outra é o bloqueio no Congresso para elevar o teto da dívida antes de 17 de outubro, data em que o Tesouro norte-americano não poderá honrar alguns compromissos de sua dívida.

Em um momento em que as duas câmaras dispõem de apenas três dias de trabalho para acordar uma alta no teto da dívida, os senadores mostraram sua vontade de alcançar um consenso que evitaria o default da economia norte-americana.

Contudo, segundo Harry Reid, líder dos democratas no Senado, seus contatos do sábado com o chefe dos senadores republicanos, Mitch McConnell, apesar de não terem sido "extremamente cordiais" foram "muito preliminares" e "não apontaram para nada concreto".

Já os legisladores da Câmara de Deputados se retiraram de Washington pelo fim de semana até a tarde de segunda-feira, após realizar uma curta sessão sábado pela manhã.

Os representantes republicanos acusaram o presidente Barack Obama de ter rejeitado sua proposta.

"Estou decepcionado que o presidente tenha rejeitado a oferta que colocamos sobre a mesa", disse Eric Cantor, chefe da maioria republicana na Câmara.

Parques reabrem suas portas

A senadora republicana Susan Collins, envolvida nas negociações, afirmou este domingo à CNN que haveria "uma solução esta semana" e que os parlamentares iam "continuar trabalhando, transmitindo (suas) propostas aos dirigentes de ambos os lados", mas sua colega Lindsay Graham admitiu à ABC que "não via nenhum" acordo surgir no momento.

No sábado, Obama expressou sua hostilidade à ideia de estender somente por algumas semanas a alta do teto da dívida.

A Casa Branca também lamentou que tenha sido rejeitada no sábado uma medida do Senado que permitiria o Estado continuar pagando seus empréstimos até o final de 2014 e afastar, dessa forma, o risco de um inédito default.

"Com apenas cinco dias de o Estado não poder pedir mais empréstimos, o Congresso deve avançar em uma solução que ponha fim à paralisia do governo e que nos permita pagar nossas contas", alertou no sábado Jay Carney, porta-voz da Casa Branca.


O presidente do Banco Mundial, Jim Yong Kim, disse na noite de sábado que "estamos a cinco dias de um momento muito perigoso". Um default nos Estados Unidos, "pode ser um acontecimento desastroso para os países em vias de desenvolvimento e também será muito prejudicial para as economias desenvolvidas", alertou.

A diretora do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, comparou os efeitos que teria um default norte-americano com os da crise financeira de 2008.

"O estatuto da economia norte-americana estaria, de novo, em perigo", declarou Lagarde no programa da NBC "Meet the press", cujos trechos foram publicados este domingo.

"Se há esse nível de perturbação, de falta de certeza, de falta de confiança nos compromissos dos Estados Unidos, isso implicaria perturbações em massa no mundo inteiro. Estaríamos expostos a cair, novamente, em recessão", alertou Lagarde.

Os diretores de grandes bancos também expressaram sua preocupação sobre um eventual default, como fez Jamie Dimon, diretor da JPMorgan, o maior banco dos Estados Unidos.

Plano do Senado

Esse curto prazo permitiria, segundo os republicanos, negociar um amplo acordo de reforma dos programas sociais norte-americanos, entre eles o sistema público de aposentadoria, mantendo sempre a pressão sobre o presidente.

O aparente endurecimento da posição do executivo mudou o foco das negociações ao Senado, onde democratas e republicanos anunciaram no sábado estar trabalhando em um plano alternativo que foi apresentado na Câmara de Deputados.

Os senadores são reconhecidos por ser menos intransigentes que seus colegas da Câmara, mas todo acordo deverá ser aprovado por ambos os lados do legislativo.

Outro tema obscurece a situação: a paralisia das administrações federais desencadeada no dia 1º de outubro pela falta de votos sobre os gastos e receitas no Congresso. Milhares de funcionários receberam ordem de permanecer em suas casas, provocando mau funcionamento do governo federal em todo o país.

Diante dessa insustentável situação, vários estados (Nova York, Arizona, Colorado, Utah, Dacota do Sul) reabriram vários parques nacionais, como o Grand Canyon, ao público, no sábado com seus próprios meios.

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"A maneira que isso vai terminar não está clara para mim. (...) Tal é a confusão que há", disse a rede CNN o senador republicano Bob Corker, resumindo o estado de incerteza que reinava em Washington na manhã de domingo. "Nas últimas 24 horas, não houve nada produtivo sobre este assunto", acrescentou.

Depois de um impasse na Câmara de Deputados no sábado, as atenções se voltaram para o Senado, onde ambos os líderes dos partidos, democrata e republicano, tentarão alcançar um compromisso que ponha fim a um bloqueio político de quase duas semanas sobre o tema do orçamento e da dívida.

Os Estados Unidos enfrentam duas crises ligadas politicamente, mas cuja coincidência se deve a um azar do calendário: uma é a ausência de um acordo no Congresso dia 1º de outubro sobre o orçamento 2014 que mantém paralisado parcialmente o governo e outra é o bloqueio no Congresso para elevar o teto da dívida antes de 17 de outubro, data em que o Tesouro norte-americano não poderá honrar alguns compromissos de sua dívida.

Em um momento em que as duas câmaras dispõem de apenas três dias de trabalho para acordar uma alta no teto da dívida, os senadores mostraram sua vontade de alcançar um consenso que evitaria o default da economia norte-americana.

Contudo, segundo Harry Reid, líder dos democratas no Senado, seus contatos do sábado com o chefe dos senadores republicanos, Mitch McConnell, apesar de não terem sido "extremamente cordiais" foram "muito preliminares" e "não apontaram para nada concreto".

Já os legisladores da Câmara de Deputados se retiraram de Washington pelo fim de semana até a tarde de segunda-feira, após realizar uma curta sessão sábado pela manhã.

Os representantes republicanos acusaram o presidente Barack Obama de ter rejeitado sua proposta.

"Estou decepcionado que o presidente tenha rejeitado a oferta que colocamos sobre a mesa", disse Eric Cantor, chefe da maioria republicana na Câmara.

Parques reabrem suas portas

A senadora republicana Susan Collins, envolvida nas negociações, afirmou este domingo à CNN que haveria "uma solução esta semana" e que os parlamentares iam "continuar trabalhando, transmitindo (suas) propostas aos dirigentes de ambos os lados", mas sua colega Lindsay Graham admitiu à ABC que "não via nenhum" acordo surgir no momento.

No sábado, Obama expressou sua hostilidade à ideia de estender somente por algumas semanas a alta do teto da dívida.

A Casa Branca também lamentou que tenha sido rejeitada no sábado uma medida do Senado que permitiria o Estado continuar pagando seus empréstimos até o final de 2014 e afastar, dessa forma, o risco de um inédito default.

"Com apenas cinco dias de o Estado não poder pedir mais empréstimos, o Congresso deve avançar em uma solução que ponha fim à paralisia do governo e que nos permita pagar nossas contas", alertou no sábado Jay Carney, porta-voz da Casa Branca.


O presidente do Banco Mundial, Jim Yong Kim, disse na noite de sábado que "estamos a cinco dias de um momento muito perigoso". Um default nos Estados Unidos, "pode ser um acontecimento desastroso para os países em vias de desenvolvimento e também será muito prejudicial para as economias desenvolvidas", alertou.

A diretora do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, comparou os efeitos que teria um default norte-americano com os da crise financeira de 2008.

"O estatuto da economia norte-americana estaria, de novo, em perigo", declarou Lagarde no programa da NBC "Meet the press", cujos trechos foram publicados este domingo.

"Se há esse nível de perturbação, de falta de certeza, de falta de confiança nos compromissos dos Estados Unidos, isso implicaria perturbações em massa no mundo inteiro. Estaríamos expostos a cair, novamente, em recessão", alertou Lagarde.

Os diretores de grandes bancos também expressaram sua preocupação sobre um eventual default, como fez Jamie Dimon, diretor da JPMorgan, o maior banco dos Estados Unidos.

Plano do Senado

Esse curto prazo permitiria, segundo os republicanos, negociar um amplo acordo de reforma dos programas sociais norte-americanos, entre eles o sistema público de aposentadoria, mantendo sempre a pressão sobre o presidente.

O aparente endurecimento da posição do executivo mudou o foco das negociações ao Senado, onde democratas e republicanos anunciaram no sábado estar trabalhando em um plano alternativo que foi apresentado na Câmara de Deputados.

Os senadores são reconhecidos por ser menos intransigentes que seus colegas da Câmara, mas todo acordo deverá ser aprovado por ambos os lados do legislativo.

Outro tema obscurece a situação: a paralisia das administrações federais desencadeada no dia 1º de outubro pela falta de votos sobre os gastos e receitas no Congresso. Milhares de funcionários receberam ordem de permanecer em suas casas, provocando mau funcionamento do governo federal em todo o país.

Diante dessa insustentável situação, vários estados (Nova York, Arizona, Colorado, Utah, Dacota do Sul) reabriram vários parques nacionais, como o Grand Canyon, ao público, no sábado com seus próprios meios.

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