Exame Logo

Atenas vai receber refugiados barrados na fronteira

Em 20 de novembro as autoridades da Macedônia fecharam a fronteira para todos os cidadãos que não fossem de Síria, Afeganistão ou Iraque

Refugiados: "Existe o estatuto legal do refugiado e a seleção de refugiados com base em sua nacionalidade é ilegal" (Alexandros Avramidis / Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 1 de dezembro de 2015 às 13h20.

Atenas - O ministro de Migração da Grécia , Yanis Muzalas, afirmou nesta terça-feira que o governo pretende transferir para Atenas os refugiados e imigrantes que estão bloqueados na fronteira entre a Grécia e a Macedônia há mais de dez dias.

"Temos uma campanha para levá-los desde Idomeni (na fronteira com a Macedônia) a Atenas. Existe o estatuto legal do refugiado e a seleção de refugiados com base em sua nacionalidade é ilegal. Esta lei foi violada por outros países e nós temos que enfrentar as consequências", disse Muzalas em entrevista à rádio "Alfa".

Em 20 de novembro as autoridades da Antiga República Iugoslava da Macedônia fecharam a fronteira para todos os cidadãos que não fossem de Síria, Afeganistão ou Iraque, alegando que Sérvia, Eslovênia e Croácia - os países seguintes à Macedônia na rota dos refugiados pelos Balcãs - adotaram esta medida antes.

Desde então cerca de 1.500 pessoas esperam acampadas ao redor das linhas de trem para exigir o direito de passarem para poder continuar sua rota rumo aos países do centro e do norte da Europa.

Este fato interrompeu durante nove dias a circulação dos comboios de transporte de mercadorias entre Grécia e Macedônia, o que Muzalas afirmou que não pode continuar.

Thanasis Ziliaskopoulos, presidente da Trainose, a empresa de ferrovias gregas, as perdas por não poderem entregar mercadorias chegam a 1,5 milhão de euros (cerca de R$ 6 milhões).

O ministro de Migração, que participou da cúpula entre a União Europeia (UE) e Turquia, realizada no domingo, disse que o governo grego responsabiliza a Turquia pela solução deste problema.

"Deixamos finalmente claro que a porta é a costa da Turquia. Dali começa o trânsito", disse Muzalas, que considerou "um sucesso diplomático do governo" ter conseguido fazer isto ser reconhecido.

"Agora Turquia deve dar mostrar que tem direito ao que foi prometido, se não, não receberá", disse Muzalas, em alusão aos três bilhões de euross serão repassados à Turquia para que possa lidar com os mais de 2,2 milhões de refugiados sírios acolhidos no país.

Enquanto isso, e apesar da deterioração das condições meteorológicas, os botes continuam chegando às ilhas gregas mais próximas da costa turca, como Lesbos, que registra um fluxo diário de entre mil e duas pessoas.

Mais de três mil refugiados e imigrantes desembarcaram hoje no porto ateniense do Pireo a bordo de três embarcações que partiram de várias ilhas do Egeu.

Veja também

Atenas - O ministro de Migração da Grécia , Yanis Muzalas, afirmou nesta terça-feira que o governo pretende transferir para Atenas os refugiados e imigrantes que estão bloqueados na fronteira entre a Grécia e a Macedônia há mais de dez dias.

"Temos uma campanha para levá-los desde Idomeni (na fronteira com a Macedônia) a Atenas. Existe o estatuto legal do refugiado e a seleção de refugiados com base em sua nacionalidade é ilegal. Esta lei foi violada por outros países e nós temos que enfrentar as consequências", disse Muzalas em entrevista à rádio "Alfa".

Em 20 de novembro as autoridades da Antiga República Iugoslava da Macedônia fecharam a fronteira para todos os cidadãos que não fossem de Síria, Afeganistão ou Iraque, alegando que Sérvia, Eslovênia e Croácia - os países seguintes à Macedônia na rota dos refugiados pelos Balcãs - adotaram esta medida antes.

Desde então cerca de 1.500 pessoas esperam acampadas ao redor das linhas de trem para exigir o direito de passarem para poder continuar sua rota rumo aos países do centro e do norte da Europa.

Este fato interrompeu durante nove dias a circulação dos comboios de transporte de mercadorias entre Grécia e Macedônia, o que Muzalas afirmou que não pode continuar.

Thanasis Ziliaskopoulos, presidente da Trainose, a empresa de ferrovias gregas, as perdas por não poderem entregar mercadorias chegam a 1,5 milhão de euros (cerca de R$ 6 milhões).

O ministro de Migração, que participou da cúpula entre a União Europeia (UE) e Turquia, realizada no domingo, disse que o governo grego responsabiliza a Turquia pela solução deste problema.

"Deixamos finalmente claro que a porta é a costa da Turquia. Dali começa o trânsito", disse Muzalas, que considerou "um sucesso diplomático do governo" ter conseguido fazer isto ser reconhecido.

"Agora Turquia deve dar mostrar que tem direito ao que foi prometido, se não, não receberá", disse Muzalas, em alusão aos três bilhões de euross serão repassados à Turquia para que possa lidar com os mais de 2,2 milhões de refugiados sírios acolhidos no país.

Enquanto isso, e apesar da deterioração das condições meteorológicas, os botes continuam chegando às ilhas gregas mais próximas da costa turca, como Lesbos, que registra um fluxo diário de entre mil e duas pessoas.

Mais de três mil refugiados e imigrantes desembarcaram hoje no porto ateniense do Pireo a bordo de três embarcações que partiram de várias ilhas do Egeu.

Acompanhe tudo sobre:Crise gregaEuropaGréciaPiigsRefugiadosUnião Europeia

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Mundo

Mais na Exame