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Ataque com morteiro mata 2 repórteres russos na Ucrânia

Jornalistas morreram depois que o local onde estavam foi bombardeado em confrontos entre as forças ucranianas e separatistas pró-Rússia

Militares ucranianos montam guarda na região de Donetsk (Maxim Zmeyev/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 17 de junho de 2014 às 16h51.

Moscou - Dois jornalistas da TV estatal russa foram mortos no leste da Ucrânia depois que o local onde estavam foi bombardeado em confrontos entre as forças ucranianas e separatistas pró-Rússia, perto da cidade oriental de Luhansk, informou o canal Rossiya-24 nesta terça-feira.

O engenheiro de som Anton Voloshin morreu no local e o correspondente Igor Kornelyuk perdeu a vida no hospital, depois que ficaram sob o fogo cruzado enquanto acompanhavam o combate na província ucraniana, perto da fronteira com a Rússia, afirmou a emissora no seu site.

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O Ministério das Relações Exteriores russo disse que as mortes demonstravam a "natureza criminosa" da operação militar da Ucrânia contra os rebeldes pró-Rússia e pediu que as autoridades em Kiev abrissem uma investigação.

A Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE), cuja missão especial de monitoramento está trabalhando no leste da Ucrânia, também fez um chamado para que seja feita uma investigação sobre o caso.

"Essa morte é mais um lembrete horrível de que não está sendo feito o suficiente para proteger os jornalistas que arriscam as suas vidas fazendo reportagens nas zonas de conflito na Ucrânia", disse a representante da OSCE para liberdade de imprensa, Dunja Mijatovic, em comunicado.

Um terceiro funcionário da equipe da TV russa, o cinegrafista Viktor Denisov, sobreviveu ao ataque no bloqueio rebelde onde estava filmando.

A crise na Ucrânia estourou no fim do ano passado, quando os manifestantes saíram às ruas contra um presidente aliado a Moscou. Ele foi derrubado em fevereiro, a Rússia anexou a região da Crimeia em março e a revolta no leste do país, onde a maioria fala russo, começou em abril.

Após a sua eleição, no fim de maio, o presidente Petro Poroshenko ordenou uma ofensiva militar para retomar o território controlado pelos rebeldes.

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