Assassino na França não é lobo solitário, diz especialista
No entanto, ainda é cedo para determinar seu grau de vinculação com organizações da rede Al Qaeda, afirmou analista
Da Redação
Publicado em 21 de março de 2012 às 18h51.
Madri - O suposto assassino de sete pessoas no sul da França, o francês de origem argelina Mohammed Merad, não reúne as características de um 'lobo solitário', mas ainda é cedo para determinar seu grau de vinculação com organizações da rede Al Qaeda , segundo um especialista em questões islamitas.
Fernando Reinares, investigador de terrorismo internacional do Real Instituto Elcano, disse nesta quarta-feira à Agência Efe que 'os atos individuais de terrorismo fazem parte há muito tempo do repertório de ações da Al Qaeda', e por isso os atentados do sul da França não seriam uma mudança de estratégia.
Nesse sentido, Reinares citou como exemplo destes atos individuais o 'terrorista do sapato', Richard Reid, que em dezembro de 2001 tentou explodir um avião que voava de Paris a Miami.
O analista considera que Merad não é um 'lobo solitário' porque só reúne uma das características deste tipo: 'ter atuado sozinho'.
'Não é um indivíduo cujo processo de radicalização ocorreu à margem das organizações jihadistas. Tem uma narrativa muito belicosa, muito jihadista, esteve relacionado com um grupo alinhado com a Al Qaeda que foi dissolvido na França e viajou para países como Afeganistão e Paquistão para receber treinamento', afirmou Reinares.
'Por tudo isso, a hipótese do lobo solitário perde peso', frisou o analista, acrescentando que 'ainda que seja cedo para levantar outra hipótese sobre seu perfil e a natureza de seus atos, pelo menos sabemos que estamos falando de um indivíduo que há anos está introduzido em círculos jihadistas na França e na Europa e que teria atuado por ordens recebidas da Al Qaeda'.
Madri - O suposto assassino de sete pessoas no sul da França, o francês de origem argelina Mohammed Merad, não reúne as características de um 'lobo solitário', mas ainda é cedo para determinar seu grau de vinculação com organizações da rede Al Qaeda , segundo um especialista em questões islamitas.
Fernando Reinares, investigador de terrorismo internacional do Real Instituto Elcano, disse nesta quarta-feira à Agência Efe que 'os atos individuais de terrorismo fazem parte há muito tempo do repertório de ações da Al Qaeda', e por isso os atentados do sul da França não seriam uma mudança de estratégia.
Nesse sentido, Reinares citou como exemplo destes atos individuais o 'terrorista do sapato', Richard Reid, que em dezembro de 2001 tentou explodir um avião que voava de Paris a Miami.
O analista considera que Merad não é um 'lobo solitário' porque só reúne uma das características deste tipo: 'ter atuado sozinho'.
'Não é um indivíduo cujo processo de radicalização ocorreu à margem das organizações jihadistas. Tem uma narrativa muito belicosa, muito jihadista, esteve relacionado com um grupo alinhado com a Al Qaeda que foi dissolvido na França e viajou para países como Afeganistão e Paquistão para receber treinamento', afirmou Reinares.
'Por tudo isso, a hipótese do lobo solitário perde peso', frisou o analista, acrescentando que 'ainda que seja cedo para levantar outra hipótese sobre seu perfil e a natureza de seus atos, pelo menos sabemos que estamos falando de um indivíduo que há anos está introduzido em círculos jihadistas na França e na Europa e que teria atuado por ordens recebidas da Al Qaeda'.