Ásia precisa de US$ 40 bi /ano para proteger economia
Em fórum do clima, o presidente do Banco de Desenvolvimento Asiático disse que os países precisam passar por uma transformação para resistirem às catástrofes climáticas
Da Redação
Publicado em 13 de março de 2012 às 17h50.
Bangcoc - A região da Ásia-Pacífico precisa investir cerca de US$ 40 bilhões ao ano para proteger suas economias dos impactos do aquecimento global , alertou o vice-presidente do Banco de Desenvolvimento Asiático, Bindu Lohani.
Os países precisam passar por uma transformação para resistirem às catástrofes provocadas pelas mudanças climáticas, declarou Lohani durante o Fórum de Adaptação às Mudanças Climáticas da Ásia-Pacífico, realizado em Bangcoc.
O próprio evento foi cancelado no ano passado, quando a Tailândia sofreu as piores inundações em meio século, que mataram mais de 800 pessoas e alagaram cetenas de milhares de casas.
"Desastres naturais como este serão muito mais frequentes e complicarão o desafio de alcançarmos o desenvolvimento sustentável na Ásia", afirmou Lohani.
"À medida que as economias da região se tornam cada vez mais interligadas por cadeias de suprimento comerciais, os impactos destes desastres não ficam mais restritos ao local de ocorrência, mas têm impactos regionais e locais mais amplos", afirmou, destacando que as inundações tailandesas romperam a cadeia de suprimento dos fabricantes de automóveis japoneses.
Dirigindo-se aos cerca de 200 delegados de toda a região presentes ao fórum, Lohani disse que os países teriam que passar por uma transformação para construir sociedades resistentes às mudanças climáticas.
"Estimativas recentes indicam que seriam necessários cerca de US$ 40 bilhões anualmente para neutralizar os impactos das mudanças climáticas até 2050, dos quais menos de 10% têm sido disponibilizados até agora", acrescentou.
"Com a probabilidade do aumento da frequência e da intensidade de catástrofes relacionadas ao clima, como inundações, secas e tempestades tropicais, os custos com gestão de desastres e com trabalhos de ajuda pós-catástrofe e reconstrução crescerão", continuou.
Segundo estimativas de Lohani, o custo representaria 5% a 15% do investimento inicial para gerenciar riscos relacionados ao clima na infraestrutura, podendo superar os 20% em alguns projetos recentes de transporte rodoviário.
"Embora os países desenvolvidos tenham concordado em mobilizar até US$ 100 bilhões até 2020 para mitigação e adaptação (às mudanças climáticas), esta cifra impressionante, acho que precisaríamos tê-la agora e penso que precisaríamos de até mais", emendou.
O vice-ministro de Meio Ambiente da Tailândia, Pithaya Pookaman, disse que as inundações do ano passado ilustraram a proporção do problema.
"Os impactos adversos das mudanças climáticas estão entre os desafios mais importantes do nosso tempo. A severa inundação, registrada na Tailândia no ano passado, é um indício duro da magnitude do problema, que não deverá se repetir se buscarmos o caminho de um desenvolvimento mais sustentável", afirmou.
Uma vez que a Ásia abriga uma ampla diversidade de ecossistemas, economias e clima, Pithaya reforçou que a região também enfrenta grandes desafios ambientais.
"Deltas estão erodindo, florestas estão sendo desmatadas, recifes de coral são degradados, ecossistemas costeiros são sobreexplorados, megacidades têm se expandido, a pobreza é crescente e as mudanças climáticas trazem um risco real e presente ao nosso estilo de vida e existência", afirmou.
Bangcoc - A região da Ásia-Pacífico precisa investir cerca de US$ 40 bilhões ao ano para proteger suas economias dos impactos do aquecimento global , alertou o vice-presidente do Banco de Desenvolvimento Asiático, Bindu Lohani.
Os países precisam passar por uma transformação para resistirem às catástrofes provocadas pelas mudanças climáticas, declarou Lohani durante o Fórum de Adaptação às Mudanças Climáticas da Ásia-Pacífico, realizado em Bangcoc.
O próprio evento foi cancelado no ano passado, quando a Tailândia sofreu as piores inundações em meio século, que mataram mais de 800 pessoas e alagaram cetenas de milhares de casas.
"Desastres naturais como este serão muito mais frequentes e complicarão o desafio de alcançarmos o desenvolvimento sustentável na Ásia", afirmou Lohani.
"À medida que as economias da região se tornam cada vez mais interligadas por cadeias de suprimento comerciais, os impactos destes desastres não ficam mais restritos ao local de ocorrência, mas têm impactos regionais e locais mais amplos", afirmou, destacando que as inundações tailandesas romperam a cadeia de suprimento dos fabricantes de automóveis japoneses.
Dirigindo-se aos cerca de 200 delegados de toda a região presentes ao fórum, Lohani disse que os países teriam que passar por uma transformação para construir sociedades resistentes às mudanças climáticas.
"Estimativas recentes indicam que seriam necessários cerca de US$ 40 bilhões anualmente para neutralizar os impactos das mudanças climáticas até 2050, dos quais menos de 10% têm sido disponibilizados até agora", acrescentou.
"Com a probabilidade do aumento da frequência e da intensidade de catástrofes relacionadas ao clima, como inundações, secas e tempestades tropicais, os custos com gestão de desastres e com trabalhos de ajuda pós-catástrofe e reconstrução crescerão", continuou.
Segundo estimativas de Lohani, o custo representaria 5% a 15% do investimento inicial para gerenciar riscos relacionados ao clima na infraestrutura, podendo superar os 20% em alguns projetos recentes de transporte rodoviário.
"Embora os países desenvolvidos tenham concordado em mobilizar até US$ 100 bilhões até 2020 para mitigação e adaptação (às mudanças climáticas), esta cifra impressionante, acho que precisaríamos tê-la agora e penso que precisaríamos de até mais", emendou.
O vice-ministro de Meio Ambiente da Tailândia, Pithaya Pookaman, disse que as inundações do ano passado ilustraram a proporção do problema.
"Os impactos adversos das mudanças climáticas estão entre os desafios mais importantes do nosso tempo. A severa inundação, registrada na Tailândia no ano passado, é um indício duro da magnitude do problema, que não deverá se repetir se buscarmos o caminho de um desenvolvimento mais sustentável", afirmou.
Uma vez que a Ásia abriga uma ampla diversidade de ecossistemas, economias e clima, Pithaya reforçou que a região também enfrenta grandes desafios ambientais.
"Deltas estão erodindo, florestas estão sendo desmatadas, recifes de coral são degradados, ecossistemas costeiros são sobreexplorados, megacidades têm se expandido, a pobreza é crescente e as mudanças climáticas trazem um risco real e presente ao nosso estilo de vida e existência", afirmou.