Mundo

Apoiadores de Evo Morales suspendem bloqueios que deixam seis mortos

Os manifestantes exigem, há duas semanas, a renúncia do presidente Luis Arce

Evo Morales: protesto dos apoiadores do ex-presidente deixaram mortos (AFP/AFP)

Evo Morales: protesto dos apoiadores do ex-presidente deixaram mortos (AFP/AFP)

AFP
AFP

Agência de notícias

Publicado em 15 de junho de 2025 às 20h06.

Última atualização em 15 de junho de 2025 às 20h07.

Apoiadores do ex-presidente Evo Morales informaram neste domingo (15) que farão uma "pausa humanitária" nos bloqueios de estradas na Bolívia, exigindo uma investigação internacional sobre os confrontos violentos com a polícia que deixaram seis mortos.

Os manifestantes exigem, há duas semanas, a renúncia do presidente Luis Arce, a quem responsabilizam pela crise econômica e por manipular as instituições para excluir o líder cocaleiro das próximas eleições gerais de agosto.

O governo informou que os confrontos entre policiais e manifestantes deixaram seis mortos — quatro deles agentes de segurança — e 203 feridos.

"Determinamos uma pausa humanitária na mobilização nacional nas estradas, enquanto se realiza uma investigação internacional exaustiva (...) de todos os fatos provocados pela intervenção policial e militar", afirmou um comunicado publicado por um grupo de apoiadores de Morales chamado Pacto de Unidade.

Apesar da suspensão dos bloqueios, eles deixaram claro que continuarão marchando até a renúncia de Arce.

Os bloqueios começaram em 2 de junho e chegaram a 40 pontos, segundo a vice-ministra da Comunicação, Gabriela Alcón, principalmente no departamento de Cochabamba (centro), reduto político de Morales.

O ex-presidente, de 65 anos, está recluso desde outubro na região cocaleira do Chapare, protegido por seus aliados contra uma ordem de prisão emitida em seu nome por um caso de suposta exploração de menor, o qual ele nega.

Na semana passada, o Ministério Público abriu uma investigação contra o líder cocaleiro após uma denúncia do governo que o acusa de oito crimes, entre eles "terrorismo".

Acompanhe tudo sobre:Bolívia

Mais de Mundo

Após impor tarifa de 50%, governo Trump inicia investigação comercial contra o Brasil, diz jornal

Trump confirma avanços em negociações comerciais com União Europeia

EUA impedirá que imigrantes peçam liberdade sob fiança em processo de deportação

Trump diz que vai taxar produtos do Brasil em 50% porque 'eu posso'