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Apesar de trégua, combates na Síria continuam, denuncia ONU

"Claramente a situação no terreno não permite que comboios possam ir ou que retiradas médicas possam ocorrer", completou a Organização

Síria: Centenas de pessoas morreram durante 10 dias de bombardeios do governo sírio sobre Ghouta (Bassam Khabieh/Reuters)
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Reuters

Publicado em 27 de fevereiro de 2018 às 08h53.

Beirute - Combates foram registrados no distrito sírio de Ghouta nesta terça-feira, disse a Organização das Nações Unidas (ONU), apesar de um cessar-fogo de cinco horas convocado pela Rússia, aliada do presidente da Síria, Bashar al-Assad.

"Temos relatos nesta manhã de que há combates contínuos no leste de Ghouta", disse o porta-voz humanitário da ONU, Jens Laerke, a repórteres em Genebra. "Claramente a situação no terreno não permite que comboios possam ir ou que retiradas médicas possam ocorrer".

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O grupo de monitoramento Observatório Sírio dos Direitos Humanos, com sede no Reino Unido, disse que helicópteros lançaram duas bombas em uma cidade no enclave, e que um avião de combate atingiu outra cidade durante o período de trégua. Uma fonte militar síria negou que tenham ocorrido ataques aéreos.

A Reuters não foi capaz de verificar de imediato ambos os relatos.

Centenas de pessoas morreram durante 10 dias de bombardeios do governo sírio sobre Ghouta, uma região controlada por rebeldes com pequenas cidades e fazendas nos arredores de Damasco. O ataque representa uma das campanhas aéreas mais devastadoras de uma guerra que está ingressando em seu oitavo ano.

A Rússia convocou uma trégua de cinco horas no enclave durante esta terça-feira para permitir uma rota segura para a retirada de feridos e de civis. Moscou e Damasco acusaram rebeldes de atacaram seu corredor humanitário estabelecido para permitir a saída dos civis. Rebeldes negaram a acusação.

Ghouta Oriental estava aparentemente calma após a entrada em vigor da trégua às 9h da manhã (horário local), segundo o Observatório e moradores, apesar de a televisão estatal ter afirmado que insurgentes tinham atacado a rota de retirada.

A região, onde vivem cerca de 400.000 pessoas, segundo a ONU, é o principal alvo de Assad, cujas forças já recuperaram diversas áreas com o apoio militar da Rússia e do Irã.

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