Anistia pede à Venezuela investigação imparcial de violações
Organização pediu ao governo de Maduro que investigue de modo imparcial denúncias de violações dos direitos humanos registradas durante a onda de protestos
Da Redação
Publicado em 1 de abril de 2014 às 17h57.
Caracas - A Anistia Internacional pediu nesta terça-feira ao governo da Venezuela que investigue de modo imparcial as denúncias de violações dos direitos humanos registradas durante a onda de protestos antigovernamentais que sacode o país há dois meses.
Em um relatório apresentado nesta terça-feira em Madri, a organização documenta denúncias de supostas violações a garantias fundamentais, como o uso excessivo da força por parte de corporações do setor de segurança, a tortura, os maus tratos cruéis e o não cumprimento do direito a uma defesa adequada.
"Em particular, deve ser assegurado que seja realizada investigação imparcial e independente de cada uma das denúncias de violações dos direitos humanos que ocorreram durante esta crise. Os responsáveis devem comparecer perante a Justiça", diz o informe.
Milhares de opositores do presidente Nicolás Maduro têm saído às ruas desde fevereiro para protestar contra o governo, ao qual culpam pela alta inflação, a persistente escassez de produtos e um dos índices de violência mais altos do mundo.
Os violentos protestos deixaram 39 mortos e centenas de feridos, segundo o governo.
A oposição diz que os governistas pretendem inflar a cifra de mortos para desviar a atenção dos problemas econômicos do país e sustenta que houve 28 mortes em fatos vinculados com as manifestações.
Maduro denunciou uma tentativa de golpe de Estado enquanto a oposição garante que seus simpatizantes são alvo da repressão oficial.
A promotoria disse que investiga pelo menos 17 integrantes das forças oficiais por suposta violação dos direitos humanos e a procuradora-geral Luisa Ortega admitiu que há "excessos" das forças de segurança na repressão aos protestos.
Embora as recentes manifestações tenham aprofundado a polarização no país, grande produtor de petróleo, não há sinais de que ameacem o governo, que dá continuidade ao programa do falecido ex-presidente Hugo Chávez.
Os protestos vêm perdendo intensidade com a passagem dos dias, mas ainda há focos de enfrentamentos.
"O país corre o risco de descambar para uma espiral de violência, a menos que todas as forças políticas, governo e oposição, se comprometam a respeitar os direitos humanos e o estado de direito", acrescentou a Anistia.
Caracas - A Anistia Internacional pediu nesta terça-feira ao governo da Venezuela que investigue de modo imparcial as denúncias de violações dos direitos humanos registradas durante a onda de protestos antigovernamentais que sacode o país há dois meses.
Em um relatório apresentado nesta terça-feira em Madri, a organização documenta denúncias de supostas violações a garantias fundamentais, como o uso excessivo da força por parte de corporações do setor de segurança, a tortura, os maus tratos cruéis e o não cumprimento do direito a uma defesa adequada.
"Em particular, deve ser assegurado que seja realizada investigação imparcial e independente de cada uma das denúncias de violações dos direitos humanos que ocorreram durante esta crise. Os responsáveis devem comparecer perante a Justiça", diz o informe.
Milhares de opositores do presidente Nicolás Maduro têm saído às ruas desde fevereiro para protestar contra o governo, ao qual culpam pela alta inflação, a persistente escassez de produtos e um dos índices de violência mais altos do mundo.
Os violentos protestos deixaram 39 mortos e centenas de feridos, segundo o governo.
A oposição diz que os governistas pretendem inflar a cifra de mortos para desviar a atenção dos problemas econômicos do país e sustenta que houve 28 mortes em fatos vinculados com as manifestações.
Maduro denunciou uma tentativa de golpe de Estado enquanto a oposição garante que seus simpatizantes são alvo da repressão oficial.
A promotoria disse que investiga pelo menos 17 integrantes das forças oficiais por suposta violação dos direitos humanos e a procuradora-geral Luisa Ortega admitiu que há "excessos" das forças de segurança na repressão aos protestos.
Embora as recentes manifestações tenham aprofundado a polarização no país, grande produtor de petróleo, não há sinais de que ameacem o governo, que dá continuidade ao programa do falecido ex-presidente Hugo Chávez.
Os protestos vêm perdendo intensidade com a passagem dos dias, mas ainda há focos de enfrentamentos.
"O país corre o risco de descambar para uma espiral de violência, a menos que todas as forças políticas, governo e oposição, se comprometam a respeitar os direitos humanos e o estado de direito", acrescentou a Anistia.