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Anistia denuncia uso de bombas brasileiras no Iêmen

Segundo a organização, os foguetes com ogivas de fragmentação fabricados no Brasil teriam sido utilizados em um ataque no mês passado

Iêmen: a Human Rights Watch já havia denunciado o uso das bombas em dezembro passado (Stringer/Reuters)

Iêmen: a Human Rights Watch já havia denunciado o uso das bombas em dezembro passado (Stringer/Reuters)

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AFP

Publicado em 9 de março de 2017 às 08h44.

A coalizão militar árabe que opera no Iêmen sob o comando saudita voltou a utilizar foguetes com ogivas de fragmentação fabricados no Brasil, acusou nesta quinta-feira a Anistia Internacional.

A organização de defesa dos direitos humanos afirma que a coalizão utilizou tais foguetes no dia 15 de fevereiro passado, em um ataque contra três áreas residenciais e zonas agrícolas na província de Saada (norte).

Os ataques contra a zona controlada pelos rebeldes xiitas huthis deixaram dois feridos, segundo a Anistia, que afirma que a coalizão já utilizou bombas de fragmentação no Iêmen em outubro de 2015 e maio de 2016.

As bombas de fragmentação trazem centenas de explosivos menores, que se espalham por uma ampla área e nem sempre explodem no ato, se transformando em um pesadelo de mutilação para a população civil.

A Human Rights Watch já havia denunciado, em dezembro passado, a utilização no Iêmen de foguetes brasileiros com ogivas de fragmentação, em um ataque que matou dois civis e feriu outros seis.

O ataque ocorreu um dia após a abstenção de Brasil, Arábia Saudita, Estados Unidos e Iêmen em uma votação na Assembleia Geral das Nações Unidas sobre a proibição do uso de bombas de fragmentação.

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