Mundo

América Latina é prioridade para a Rússia, afirma chanceler

A Rússia quer dar prioridade à América Latina porque está impressionada com a crescente influência da região no cenário internacional


	O chanceler Serguei Lavrov: o russo afirmou que o reforço do continente sul-americano é um elemento essencial para a construção de um mundo mais equilibrado, multipolar e democrático
 (Maxim Shemetov/Reuters)

O chanceler Serguei Lavrov: o russo afirmou que o reforço do continente sul-americano é um elemento essencial para a construção de um mundo mais equilibrado, multipolar e democrático (Maxim Shemetov/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 27 de maio de 2015 às 17h52.

Moscou - A América Latina é uma das prioridades da Rússia, isolada no cenário internacional pela crise na Ucrânia, afirmou nesta terça-feira o ministro russo das Relações Exteriores, Serguei Lavrov, depois de se reunir com a colega venezuelana, Delcy Rodríguez.

As relações entre Rússia e América Latina chegaram a um "nível de qualidade inédito", ressaltou Lavrov em uma coletiva de imprensa junto a Rodríguez, acrescentando que se a América Latina se converteu em uma das prioridades de Moscou não é por oportunismo.

A Rússia quer dar prioridade à América Latina porque está "impressionada com a autoridade cada vez mais forte, com a crescente influência da América Latina no cenário internacional", disse o ministro.

O reforço do continente sul-americano "é um elemento essencial para a construção de um mundo mais equilibrado, multipolar e democrático", acrescentou.

A ministra venezuelana das Relações Exteriores respondeu com um sorriso ao discurso de Lavrov. "Aqui me sinto em casa, como se fosse minha família", afirmou.

"Juntos podemos mudar a situação geopolítica mundial seguindo os princípios do direito internacional", disse Rodríguez, afirmando que "a Rússia luta para instaurar uma nova estrutura geopolítica mundial, que pode limitar a hegemonia e as pretensões de conquista do centro imperialista", em referência aos Estados Unidos.

"Falamos da maneira como o mercado (petrolífero) internacional deve se organizar", disse a ministra.

A Venezuela, integrante da Organização de Países Exportadores de Petróleo (OPEP), sofreu, assim como a Rússia, as consequências da queda do petróleo, que caiu abaixo dos 50 dólares o barril no fim de 2014.

Acompanhe tudo sobre:América LatinaÁsiaEuropaRússiaVenezuela

Mais de Mundo

Surto de mpox na África preocupa OMS

Papa pede 'busca pela verdade' na Venezuela em meio ao aumento da pressão internacional

Protestos contra o governo em Bangladesh deixam mais de 70 mortos e 300 feridos

Ucrânia recebe primeiros caças F-16 para enfrentar a Rússia

Mais na Exame