Alemanha afirma que não pode ajudar a salvar mais países da UE
Ministro da Economia alemão nega ideia de retornar ao uso das antigas moedas nacionais
Da Redação
Publicado em 28 de novembro de 2010 às 09h14.
Berlim - O ministro da Economia alemão, Rainer Brüderle, afirma que os casos da Grécia e Irlanda são "o limite" para a Alemanha, que "o país não pode ajudar a salvar nenhum outra nação" em caso de emergência, como disse em entrevista publicada pelo jornal "Bild am Sonntag".
Brüderle esclarece que a rápida decisão no caso da Irlanda "era necessária para evitar o risco de contágio". Na entrevista, o ministro germânico rejeita as especulações sobre um efeito dominó em outros possíveis países da União Europeia (UE) e concretamente ressalta que "Espanha e Portugal fazem todo o possível para controlar seu Orçamento". O ministro de Economia alemão nega qualquer ideia de retornar ao uso das antigas moedas nacionais. "Seria fatal, as consequências de deixar o euro seriam para a economia alemã um desastre: descenso da economia e da riqueza, desemprego ...", garante Brüderle.
O político, das fileiras do Partido Liberal (FDP), declara que "só porque existe um problema não podemos abandonar um projeto de sucesso como o euro". Brüderle atribui parte da responsabilidade da crise atual do euro ao anterior chanceler, o social-democrata Gerhard Schröder (1998-2005), ao que acusa junto à França de ter "apressado" o Pacto de Crescimento e Estabilidade.
No entanto, o ministro alemão se mostra "otimista" e acredita que a "Europa alcançou sempre com a crise e os conflitos novas estruturas que acabaram por torná-la mais forte do que antes".