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Albergue com turistas israelenses sofre ataque na Patagônia

Um albergue na Patagônia argentina foi atacado por vizinhos alcoolizados que roubaram e destruíram instalações, gritando insultos antissemitas

Vista da Patagônia: incidente ocorreu na madrugada de segunda-feira no albergue "Onda Azul" (Mario Goldman/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 21 de janeiro de 2015 às 14h40.

Buenos Aires - Um albergue na Patagônia argentina, que recebe em sua maioria turistas israelenses, foi atacado por vizinhos alcoolizados que roubaram e destruíram instalações, gritando insultos antissemitas, relatou nesta quarta-feira à AFP um de seus donos.

O incidente ocorreu na madrugada de segunda-feira no albergue "Onda Azul", localizado em Lago Puelo, na cordilheira dos Andes. O estabelecimento hospedava cerca de 150 turistas, todos jovens na faixa dos 20 anos, a maioria israelense, embora também estivessem hospedados argentinos e europeus.

"Entraram três vizinhos bêbados, fazendo comentários antissemitas e xenofóbicos. Quebraram cerca de 30 cristais, saquearam o lugar, roubaram mochilas com passaportes, dinheiro e celulares. Aterrorizando e intimidando", descreveu o proprietário, Yoav Pollac, de 38 anos, um israelense de pais argentinos.

"Judeus de merda, estão nos roubando a Patagônia", gritavam os atacantes, vizinhos do lugar que foram identificados, filmados e incriminados, mas não detidos por questões processuais, explicou à AFP o comissário de Lago Puelo, Darío González.

O comissário disse que se tratou de "um episódio isolado e sem antecedentes. Esses vizinhos haviam se queixado de barulhos incômodos porque no albergue colocavam a música muito alta".

Este caso obrigou os proprietários a fechar temporariamente o lugar em plena temporada turística, por não poderem garantir a segurança dos hóspedes.

O albergue recebe cerca de 5.000 turistas israelenses por ano, um movimento de pessoas que alimenta inúmeros comércios locais, segundo Pollac.

Lago Puelo, um imponente lugar entre montanhas e lagos, 1.700 km ao sudoeste de Buenos Aires, que baseia sua economia no turismo e na produção de frutas vermelhas, chega a duplicar sua população de cerca de 15.000 habitantes durante a temporada do verão.

Em dezembro passado, o instituto contra a Discriminação (INADI) havia sido alertado diante a aparição de cartazes que incentivavam boicotar e negar atenção aos turistas israelenses com o título "Não os queremos aqui", em El Bolsón, a 15 km de Lago Puelo.

Após a Segunda Guerra Mundial, vários líderes nazistas encontraram refúgio nesta região da Argentina, país onde vive a maior comunidade judaica da América Latina, com cerca de 300.000 integrantes.

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Buenos Aires - Um albergue na Patagônia argentina, que recebe em sua maioria turistas israelenses, foi atacado por vizinhos alcoolizados que roubaram e destruíram instalações, gritando insultos antissemitas, relatou nesta quarta-feira à AFP um de seus donos.

O incidente ocorreu na madrugada de segunda-feira no albergue "Onda Azul", localizado em Lago Puelo, na cordilheira dos Andes. O estabelecimento hospedava cerca de 150 turistas, todos jovens na faixa dos 20 anos, a maioria israelense, embora também estivessem hospedados argentinos e europeus.

"Entraram três vizinhos bêbados, fazendo comentários antissemitas e xenofóbicos. Quebraram cerca de 30 cristais, saquearam o lugar, roubaram mochilas com passaportes, dinheiro e celulares. Aterrorizando e intimidando", descreveu o proprietário, Yoav Pollac, de 38 anos, um israelense de pais argentinos.

"Judeus de merda, estão nos roubando a Patagônia", gritavam os atacantes, vizinhos do lugar que foram identificados, filmados e incriminados, mas não detidos por questões processuais, explicou à AFP o comissário de Lago Puelo, Darío González.

O comissário disse que se tratou de "um episódio isolado e sem antecedentes. Esses vizinhos haviam se queixado de barulhos incômodos porque no albergue colocavam a música muito alta".

Este caso obrigou os proprietários a fechar temporariamente o lugar em plena temporada turística, por não poderem garantir a segurança dos hóspedes.

O albergue recebe cerca de 5.000 turistas israelenses por ano, um movimento de pessoas que alimenta inúmeros comércios locais, segundo Pollac.

Lago Puelo, um imponente lugar entre montanhas e lagos, 1.700 km ao sudoeste de Buenos Aires, que baseia sua economia no turismo e na produção de frutas vermelhas, chega a duplicar sua população de cerca de 15.000 habitantes durante a temporada do verão.

Em dezembro passado, o instituto contra a Discriminação (INADI) havia sido alertado diante a aparição de cartazes que incentivavam boicotar e negar atenção aos turistas israelenses com o título "Não os queremos aqui", em El Bolsón, a 15 km de Lago Puelo.

Após a Segunda Guerra Mundial, vários líderes nazistas encontraram refúgio nesta região da Argentina, país onde vive a maior comunidade judaica da América Latina, com cerca de 300.000 integrantes.

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