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Al Qaeda diz ter libertado 500 presos no Iraque

Grupo terrorista assumiu a responsabilidade por duas invasões simultâneas em penitenciárias iraquianas

Pessoas rezam no funeral de uma vítima morta durante ataque a uma prisão em Taji, ao sul de Bagda (Haider Ala/Reuters)

Pessoas rezam no funeral de uma vítima morta durante ataque a uma prisão em Taji, ao sul de Bagda (Haider Ala/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 23 de julho de 2013 às 18h00.

Bagdá - A Al Qaeda assumiu na terça-feira a responsabilidade por duas invasões simultâneas em penitenciárias iraquianas, e disse que mais de 500 presos foram libertados na ousada operação.

O Estado Islâmico do Iraque e do Levante, formado neste ano pela fusão de afiliadas da Al Qaeda na Síria e no Iraque, disse ter invadido a penitenciária de Abu Ghraib, em Bagdá, e outra cerca de 20 quilômetros ao norte da capital, após meses de preparação.

Em nota, o grupo disse que a ação da segunda-feira ocorreu exatamente um ano depois de o líder da Al Qaeda iraquiana, Abu Bakr al Baghdadi, lançar uma campanha intitulada "Quebrando Muros", com o objetivo de libertar militantes presos.

O grupo disse ter mobilizado homens-bombas, foguetes e 12 carros-bombas, matando 120 guardas iraquianos e forças da Swat nos ataques em Taji, ao norte de Bagdá, e Abu Ghraib, prisão que ficou famosa há uma década por causa de fotos que mostravam abusos de soldados dos EUA contra prisioneiros.

O Ministério do Interior e fontes médicas disseram que 29 soldados e policiais morreram, e que 36 ficaram feridos.

Os insurgentes sunitas liderados pela Al Qaeda estão se tornando mais ativos contra o governo xiita do Iraque nos últimos meses, num movimento alimentado em parte pela guerra civil na vizinha Síria.

Uma fonte oficial graduada disse que as forças de segurança iraquianas estão em alerta elevado e receberam e informação de que alguns dos principais militantes foragidos estariam a caminho da Síria.

O Iraque reforçou os controles fronteiriços para impedir que esses militantes saiam do país, segundo a fonte, que pediu anonimato. Essa fonte acrescentou que o grau de coordenação nos ataques às prisões sugere que ex-oficiais militares se envolveram no planejamento ou mesmo na execução.

Fugas carcerárias são comuns no Iraque, mas a dimensão das rebeliões de segunda-feira levou alguns políticos a dizerem que o governo perdeu qualquer sombra de controle sobre a segurança, que vem se deteriorando constantemente desde o final de 2012.

Os insurgentes estão se reagrupando e atacando quase diariamente, arregimentando novos recrutas entre a minoria sunita, que cada vez mais se ressente do domínio xiita desde a derrubada do regime do sunita Saddam Hussein, em 2003.

Desde o começo de julho, 700 pessoas morreram em ataques militantes, segundo o grupo de monitoramento Iraq Body Count.

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