AIEA propõe inspeções aleatórias a todas usinas nucleares
Segundo o diretor-geral da agência, é possível reforçar o regime internacional de segurança nuclear em até 18 meses
Da Redação
Publicado em 20 de junho de 2011 às 10h34.
Viena - O diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Yukiya Amano, propôs nesta segunda-feira, ao início da conferência ministerial sobre segurança nuclear em Viena, que seu organismo realize inspeções em todas as usinas atômicas do planeta.
"Saber que qualquer usina possa ser objeto de uma revisão daria aos operadores um incentivo adicional para aplicar os mais elevados níveis de segurança (atômica)", disse o responsável da AIEA.
Perante mil delegados reunidos na capital austríaca, o japonês Amano assegurou em seu discurso inaugural do fórum que "é possível" reforçar o regime internacional de segurança nuclear "em um período de 12 a 18 meses".
"Muitas medidas concretas podem ser introduzidas para o final de 2012, outras necessitarão mais tempo. Os próximos meses serão cruciais para tomar medidas e para criar o fundamento sólido para o futuro", assegurou o diretor-geral.
Amano disse que a conferência de Viena, que reuniu ministros de 30 países e especialistas de todo o mundo, é "crucial para o futuro da energia nuclear" e reconheceu que a confiança pública na segurança da energia atômica foi "duramente prejudicada".
No entanto, a energia nuclear seguirá sendo um importante fator para muitos países, por isso que é essencial que as medidas mais severas de segurança sejam aplicadas no mundo todo, acrescentou.
"Fazer como se nada tivesse ocorrido não é uma opção", manifestou Amano em seu discurso.
O diretor-geral precisou que a comunidade internacional deve "fortalecer" os padrões de segurança da AIEA e "assegurar" que sejam universalmente aplicados.
Por isso, a comissão da AIEA encarregada das normas de segurança deverá revisar os padrões relevantes e elaborar em questão de 12 meses um relatório com recomendações para fortalecê-las.
"A aplicação de normas de segurança é fundamental porque os melhores padrões de segurança são inúteis se não são aplicados corretamente", disse Amano.
Nesse sentido, propôs que a segurança das 440 usinas nucleares do mundo seja supervisionada de forma sistemática e regular, algo que devem realizar os reguladores nacionais e também pelo próprio AIEA.
Amano propôs uma nova análise de risco para as usinas nucleares que inclua margens de segurança contra catástrofes naturais extremas, como terremotos, tsunamis e inundações.
Para isso propôs elaborar, em um período de 12 a 18 meses, novos parâmetros de segurança, com análise nacionais como ponto de partida, apesar destes serem acompanhados por revisões periódicas da AIEA.
Revisar todas as 440 usinas do mundo não é realista, reconheceu o diretor-geral, por isso que propôs um plano para inspecionar 10% das instalações, selecionadas de forma aleatória, em um período de três anos, começando o mais tardar no final de 2012.
Segundo os planos da AIEA, esses relatórios de segurança devem ser publicados a todos os países-membros do organismo.
Por outra parte, o diretor-geral exigiu mais fundos para seu organismo no caso da comunidade internacional precisar de mais assistência e serviços em matéria de segurança.
Viena - O diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Yukiya Amano, propôs nesta segunda-feira, ao início da conferência ministerial sobre segurança nuclear em Viena, que seu organismo realize inspeções em todas as usinas atômicas do planeta.
"Saber que qualquer usina possa ser objeto de uma revisão daria aos operadores um incentivo adicional para aplicar os mais elevados níveis de segurança (atômica)", disse o responsável da AIEA.
Perante mil delegados reunidos na capital austríaca, o japonês Amano assegurou em seu discurso inaugural do fórum que "é possível" reforçar o regime internacional de segurança nuclear "em um período de 12 a 18 meses".
"Muitas medidas concretas podem ser introduzidas para o final de 2012, outras necessitarão mais tempo. Os próximos meses serão cruciais para tomar medidas e para criar o fundamento sólido para o futuro", assegurou o diretor-geral.
Amano disse que a conferência de Viena, que reuniu ministros de 30 países e especialistas de todo o mundo, é "crucial para o futuro da energia nuclear" e reconheceu que a confiança pública na segurança da energia atômica foi "duramente prejudicada".
No entanto, a energia nuclear seguirá sendo um importante fator para muitos países, por isso que é essencial que as medidas mais severas de segurança sejam aplicadas no mundo todo, acrescentou.
"Fazer como se nada tivesse ocorrido não é uma opção", manifestou Amano em seu discurso.
O diretor-geral precisou que a comunidade internacional deve "fortalecer" os padrões de segurança da AIEA e "assegurar" que sejam universalmente aplicados.
Por isso, a comissão da AIEA encarregada das normas de segurança deverá revisar os padrões relevantes e elaborar em questão de 12 meses um relatório com recomendações para fortalecê-las.
"A aplicação de normas de segurança é fundamental porque os melhores padrões de segurança são inúteis se não são aplicados corretamente", disse Amano.
Nesse sentido, propôs que a segurança das 440 usinas nucleares do mundo seja supervisionada de forma sistemática e regular, algo que devem realizar os reguladores nacionais e também pelo próprio AIEA.
Amano propôs uma nova análise de risco para as usinas nucleares que inclua margens de segurança contra catástrofes naturais extremas, como terremotos, tsunamis e inundações.
Para isso propôs elaborar, em um período de 12 a 18 meses, novos parâmetros de segurança, com análise nacionais como ponto de partida, apesar destes serem acompanhados por revisões periódicas da AIEA.
Revisar todas as 440 usinas do mundo não é realista, reconheceu o diretor-geral, por isso que propôs um plano para inspecionar 10% das instalações, selecionadas de forma aleatória, em um período de três anos, começando o mais tardar no final de 2012.
Segundo os planos da AIEA, esses relatórios de segurança devem ser publicados a todos os países-membros do organismo.
Por outra parte, o diretor-geral exigiu mais fundos para seu organismo no caso da comunidade internacional precisar de mais assistência e serviços em matéria de segurança.