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Agência irá investigar denúncias de ataques com gás na Síria

Opac disse que governo sírio concordou em receber uma missão e prometeu fornecer segurança em áreas sob o seu controle

Mulher, afetada pelo que os ativistas dizem ser um ataque com gás cloro, é atendida em um hospital perto da fronteira síria com a Turquia (Reuters)
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Da Redação

Publicado em 29 de abril de 2014 às 17h03.

Amsterdã/Beirute - A Organização para Proibição de Armas Químicas (Opac), que supervisiona a destruição do estoque de armas químicas da Síria , irá enviar uma missão para investigar as alegações de rebeldes e ativistas sobre ataques com gás cloro, informou a entidade nesta terça-feira.

A Opac, sediada em Haia, disse que o governo do presidente sírio, Bashar al-Assad, concordou em receber a missão e prometeu fornecer segurança em áreas sob o seu controle.

"A missão irá conduzir o seu trabalho sob as circunstâncias mais desafiadoras", afirmou a Opac, referindo-se ao conflito de três anos entre as forças de Assad e os rebeldes. Sem dar uma data exata para a missão, a entidade disse que acontecerá em breve.

As acusações dos rebeldes e de ativistas sírios de pelo menos três ataques com gás cloro pelas forças governamentais no último mês expuseram as limitações do acordo para a destruição do arsenal químico de Assad, com o qual ele concordou no ano passado.

O acordo veio na esteira de um ataque com gás sarin nos arredores de Damasco sob o domínio dos rebeldes em agosto, quando centenas de pessoas foram mortas. Os EUA e seus aliados culparam as forças de Assad, enquanto as autoridades de Damasco acusaram a oposição de tentar, com isso, forçar uma intervenção militar ocidental.

Damasco já despachou para fora do país ou destruiu 92 por cento dos agentes químicos que prometeu eliminar. Mas o gás cloro, que também tem várias aplicações industriais, jamais foi incluído na lista submetida à Opac.

Os vídeos divulgados por ativistas mostrando frascos de gás cloro que, segundo eles, foram lançados em bombas por helicópteros militares não puderam ser verificados pela Reuters, mas analistas afirmam que o padrão dos ataques indica uma campanha coordenada com provas crescentes de responsabilidade do governo.

Na semana passada, o Departamento de Estado norte-americano declarou que se as autoridades sírias usaram gás cloro com a intenção de matar ou ferir, isso violaria a Convenção de Armas Químicas à qual a Síria aderiu como parte do acordo do ano passado.

Além do possível uso do cloro, diplomatas dizem que as potências ocidentais acreditam que a Síria pode não ter declarado todo seu estoque químico, o que o país nega.

Um diplomata ocidental disse que uma missão separada da Opac chegou à Síria na semana passada para discutir as discrepâncias entre a declaração original da Síria e as quantidades que foram enviadas para o exterior até agora.

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Amsterdã/Beirute - A Organização para Proibição de Armas Químicas (Opac), que supervisiona a destruição do estoque de armas químicas da Síria , irá enviar uma missão para investigar as alegações de rebeldes e ativistas sobre ataques com gás cloro, informou a entidade nesta terça-feira.

A Opac, sediada em Haia, disse que o governo do presidente sírio, Bashar al-Assad, concordou em receber a missão e prometeu fornecer segurança em áreas sob o seu controle.

"A missão irá conduzir o seu trabalho sob as circunstâncias mais desafiadoras", afirmou a Opac, referindo-se ao conflito de três anos entre as forças de Assad e os rebeldes. Sem dar uma data exata para a missão, a entidade disse que acontecerá em breve.

As acusações dos rebeldes e de ativistas sírios de pelo menos três ataques com gás cloro pelas forças governamentais no último mês expuseram as limitações do acordo para a destruição do arsenal químico de Assad, com o qual ele concordou no ano passado.

O acordo veio na esteira de um ataque com gás sarin nos arredores de Damasco sob o domínio dos rebeldes em agosto, quando centenas de pessoas foram mortas. Os EUA e seus aliados culparam as forças de Assad, enquanto as autoridades de Damasco acusaram a oposição de tentar, com isso, forçar uma intervenção militar ocidental.

Damasco já despachou para fora do país ou destruiu 92 por cento dos agentes químicos que prometeu eliminar. Mas o gás cloro, que também tem várias aplicações industriais, jamais foi incluído na lista submetida à Opac.

Os vídeos divulgados por ativistas mostrando frascos de gás cloro que, segundo eles, foram lançados em bombas por helicópteros militares não puderam ser verificados pela Reuters, mas analistas afirmam que o padrão dos ataques indica uma campanha coordenada com provas crescentes de responsabilidade do governo.

Na semana passada, o Departamento de Estado norte-americano declarou que se as autoridades sírias usaram gás cloro com a intenção de matar ou ferir, isso violaria a Convenção de Armas Químicas à qual a Síria aderiu como parte do acordo do ano passado.

Além do possível uso do cloro, diplomatas dizem que as potências ocidentais acreditam que a Síria pode não ter declarado todo seu estoque químico, o que o país nega.

Um diplomata ocidental disse que uma missão separada da Opac chegou à Síria na semana passada para discutir as discrepâncias entre a declaração original da Síria e as quantidades que foram enviadas para o exterior até agora.

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