Muçulmanos estão sendo expulsos do oeste da RCA, diz ONU
Segundo orgão, maioria dos muçulmanos foi expulsa da metade ocidental da República Centro-Africana, devastada por conflitos internos
Da Redação
Publicado em 6 de março de 2014 às 21h20.
Nações Unidas - A maioria dos muçulmanos foi expulsa da metade ocidental da República Centro-Africana, devastada por conflitos internos e onde milhares de civis correm o risco de serem mortos "diante dos nossos olhos", afirmou o Alto Comissariado da ONU para os Refugiados nesta quinta-feira.
O sombrio alerta foi feito no dia em que o ministro das Relações Exteriores do país pediu ao Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas ( ONU ) que aprove com urgência uma força de paz para deter as matanças.
A violência generalizada na ex-colônia francesa custou milhares de vidas desde que o Seleka, uma coalizão de rebeldes do norte, majoritariamente muçulmanos, tomou o poder há um ano.
Os ataques se intensificaram em dezembro, quando as chamadas "milícias antibalaka", egressas da população cristã, maioria no país, aumentaram as represálias contra muçulmanos.
"Desde o início de dezembro temos efetivamente testemunhado a 'limpeza' da maioria da população muçulmana, no oeste da República", disse o alto comissário da ONU para Refugiados, António Guterres, em uma reunião do Conselho de Segurança da ONU sobre a crise no país pobre e sem acesso ao mar.
"Dezenas de milhares deles (os muçulmanos) deixaram o país, no segundo fluxo de refugiados da crise atual, e a maioria dos que restaram está sob ameaça permanente", declarou.
O conselho, formado por 15 países, avalia uma proposta da ONU para a criação de uma força de paz de quase 12.000 soldados para impedir que o país descambe para o que um alto funcionário da ONU chamou de "limpeza étnico-religiosa". Se aprovada, a força da ONU provavelmente não estaria em condições de operação antes de setembro.
"Apenas na semana passada havia cerca de 15.000 pessoas presas em 18 locais na parte ocidental, rodeadas por elementos antibalaka e em risco muito elevado de ataque", disse Guterres.
"Forças internacionais estão presentes em alguns desses locais, porém se mais segurança não for enviada de imediato, muitos desses civis correm o risco de serem mortos diante de nossos olhos."
Nações Unidas - A maioria dos muçulmanos foi expulsa da metade ocidental da República Centro-Africana, devastada por conflitos internos e onde milhares de civis correm o risco de serem mortos "diante dos nossos olhos", afirmou o Alto Comissariado da ONU para os Refugiados nesta quinta-feira.
O sombrio alerta foi feito no dia em que o ministro das Relações Exteriores do país pediu ao Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas ( ONU ) que aprove com urgência uma força de paz para deter as matanças.
A violência generalizada na ex-colônia francesa custou milhares de vidas desde que o Seleka, uma coalizão de rebeldes do norte, majoritariamente muçulmanos, tomou o poder há um ano.
Os ataques se intensificaram em dezembro, quando as chamadas "milícias antibalaka", egressas da população cristã, maioria no país, aumentaram as represálias contra muçulmanos.
"Desde o início de dezembro temos efetivamente testemunhado a 'limpeza' da maioria da população muçulmana, no oeste da República", disse o alto comissário da ONU para Refugiados, António Guterres, em uma reunião do Conselho de Segurança da ONU sobre a crise no país pobre e sem acesso ao mar.
"Dezenas de milhares deles (os muçulmanos) deixaram o país, no segundo fluxo de refugiados da crise atual, e a maioria dos que restaram está sob ameaça permanente", declarou.
O conselho, formado por 15 países, avalia uma proposta da ONU para a criação de uma força de paz de quase 12.000 soldados para impedir que o país descambe para o que um alto funcionário da ONU chamou de "limpeza étnico-religiosa". Se aprovada, a força da ONU provavelmente não estaria em condições de operação antes de setembro.
"Apenas na semana passada havia cerca de 15.000 pessoas presas em 18 locais na parte ocidental, rodeadas por elementos antibalaka e em risco muito elevado de ataque", disse Guterres.
"Forças internacionais estão presentes em alguns desses locais, porém se mais segurança não for enviada de imediato, muitos desses civis correm o risco de serem mortos diante de nossos olhos."