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Advogados egípcios pedem investigação sobre morte de detidos

Laudo afirma que 37 apoiadores de Mursi morreram sufocados por causa do uso de gás lacrimogêneo quando tentavam fugir da prisão

Manifestante segura um poster do presidente deposto Mohamed Mursi durante protesto em Cairo (Youssef Boudlal/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 19 de agosto de 2013 às 18h09.

Cairo - Advogados egípcios pediram na segunda-feira uma investigação internacional sobre a morte de 37 apoiadores da oposição sob custódia policial.

Um laudo pericial disse que esses mortos, apoiadores do presidente deposto Mohamed Mursi , morreram sufocados por causa do uso de gás lacrimogêneo no domingo, quando a polícia tentava evitar uma fuga em massa num grupo de mais de 600 suspeitos que eram levados para uma prisão nos arredores do Cairo.

Fotos apresentadas pelos advogados dos presos mostram cadáveres com rostos e membros queimados, e outros com machucados que, segundo os advogados, resultaram de torturas. Detalhes do incidente continuam obscuros, segundo eles.

"Comissões investigativas neutras devem ser formadas, não as egípcias (...). A verdadeira crise é que o Judiciário está fornecendo um véu para encobrir aqueles que violam a lei e sancionam o derramamento de sangue", disse Ahmed Abu Baraka, um dos advogados que representam os 600 presos.

As autoridades negam que tenha havido abusos no incidente de domingo.

Pelo menos 850 pessoas já morreram na repressão policial-militar a manifestantes favoráveis a Mursi, político islâmico que foi deposto da Presidência pelos militares em 3 de julho.

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Um laudo pericial disse que esses mortos, apoiadores do presidente deposto Mohamed Mursi , morreram sufocados por causa do uso de gás lacrimogêneo no domingo, quando a polícia tentava evitar uma fuga em massa num grupo de mais de 600 suspeitos que eram levados para uma prisão nos arredores do Cairo.

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"Comissões investigativas neutras devem ser formadas, não as egípcias (...). A verdadeira crise é que o Judiciário está fornecendo um véu para encobrir aqueles que violam a lei e sancionam o derramamento de sangue", disse Ahmed Abu Baraka, um dos advogados que representam os 600 presos.

As autoridades negam que tenha havido abusos no incidente de domingo.

Pelo menos 850 pessoas já morreram na repressão policial-militar a manifestantes favoráveis a Mursi, político islâmico que foi deposto da Presidência pelos militares em 3 de julho.

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