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Adesão da Venezuela não ocorrerá nesta terça, diz Chávez

Para o líder venezuelano, os governos não terão tempo para decidir sobre a adesão durante a Cúpula do Mercosul, que será realizada nesta terça-feira

Chávez ressaltou que chega à reunião do Mercosul 'com a vontade de seguir contribuindo com seu modesto esforço pela integração' (Juan Barreto/AFP)
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Da Redação

Publicado em 20 de dezembro de 2011 às 13h34.

Montevidéu - O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, afirmou que a adesão da Venezuela ao Mercosul - paralisada pelo Parlamento paraguaio, que não ratifica o protocolo -, 'não tem por que ser decidida' na Cúpula que será realizada nesta terça-feira em Montevidéu.

'Ninguém falou que essa medida teria que ser aprovada nesta terça-feira. Trata-se de uma iniciativa de (José) Mujica, o presidente do Uruguai', indicou Chávez em sua chegada em um hotel do centro de Montevidéu.

Segundo o líder venezuelano, Mujica sugeriu esse tema 'em nome da unidade, mas certamente os Governos não terão tempo para decidir esta avaliação'.

'Hoje não acontecerá uma votação em plenário, já que falta a aprovação do Paraguai. Mas, esse é um tema que vamos tratar na agenda', acrescentou Chávez, antes de ressaltar que chega à reunião do Mercosul 'com a vontade de seguir contribuindo com seu modesto esforço pela integração'.

O bloco formado pela Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai 'é um coração que late no geopolítico para a América Latina', declarou Chávez, que qualificou como 'maravilhoso' o anúncio do presidente do Equador, Rafael Correa, o qual pretende realizar um pedido formal para seu país se tornar um integrante pleno do bloco.

'Seria o Mercosul crescendo em direção ao Pacífico e aos Andes', explicou o líder Venezuelano.


Perguntado sobre as consequências que o aumento de integrantes do Mercosul teria para outros organismos de integração, como a Comunidade Andina de Nações, Chávez disse que 'além do Mercosul também faz parte da Unasul', a União Sul-Americana de Nações.

'Este tipo de organizações têm seus mecanismos e, também, estamos criando um mecanismo de união plena que é a Unasul. Todas essas organizações devem ser tributárias do novo esquema', detalhou.

Antes do início da cúpula, o presidente do Uruguai se reuniu esta terça-feira com o presidente paraguaio, Fernando Lugo, possívelmente para convencê-lo sobre esta iniciativa de aceitação, cujo conteúdo jurídico ainda é uma incógnita. Ao sair do encontro, Lugo preferiu não fazer declarações aos jornalistas.

Na última segunda-feira, em uma reunião do Conselho do Mercado Comum, a qual antecedia o encontro presidencial, os ministros do Mercosul concordaram em firmar uma 'decisão política' para destravar a complexa e demorada adesão da Venezuela como um integrante pleno.

'Definitivamente é muito importante essa discussão política dos presidentes', disse à imprensa o chanceler uruguaio, Luis Almagro.

O protocolo de adesão da Venezuela ao Mercosul foi assinado em 2006 e já foi aprovado pelos Parlamentos da Argentina, Uruguai e Brasil, porém, segue parado no Senado paraguaio, que é dominado pela oposição ao presidente Lugo. A adesão da Venezuela estaria sendo atrasada por supostas atitudes antidemocráticas por parte de Chávez.

Apesar de não apresentar detalhes da proposta uruguaia, Almagro assegurou que a 'fórmula' respeita a 'plena vigência' do Tratado de Assunção e as normas de consenso 'que encorajam a tomada de decisões' no bloco.

No entanto, a medida foi mal recebida pela oposição paraguaia, que controla o Parlamento, e também pela oposição uruguaia. Em ambos os casos, as oposições ameaçaram realizar juízos políticos dos seus presidentes por considerarem que se trata de uma violação das respectivas constituições.

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Montevidéu - O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, afirmou que a adesão da Venezuela ao Mercosul - paralisada pelo Parlamento paraguaio, que não ratifica o protocolo -, 'não tem por que ser decidida' na Cúpula que será realizada nesta terça-feira em Montevidéu.

'Ninguém falou que essa medida teria que ser aprovada nesta terça-feira. Trata-se de uma iniciativa de (José) Mujica, o presidente do Uruguai', indicou Chávez em sua chegada em um hotel do centro de Montevidéu.

Segundo o líder venezuelano, Mujica sugeriu esse tema 'em nome da unidade, mas certamente os Governos não terão tempo para decidir esta avaliação'.

'Hoje não acontecerá uma votação em plenário, já que falta a aprovação do Paraguai. Mas, esse é um tema que vamos tratar na agenda', acrescentou Chávez, antes de ressaltar que chega à reunião do Mercosul 'com a vontade de seguir contribuindo com seu modesto esforço pela integração'.

O bloco formado pela Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai 'é um coração que late no geopolítico para a América Latina', declarou Chávez, que qualificou como 'maravilhoso' o anúncio do presidente do Equador, Rafael Correa, o qual pretende realizar um pedido formal para seu país se tornar um integrante pleno do bloco.

'Seria o Mercosul crescendo em direção ao Pacífico e aos Andes', explicou o líder Venezuelano.


Perguntado sobre as consequências que o aumento de integrantes do Mercosul teria para outros organismos de integração, como a Comunidade Andina de Nações, Chávez disse que 'além do Mercosul também faz parte da Unasul', a União Sul-Americana de Nações.

'Este tipo de organizações têm seus mecanismos e, também, estamos criando um mecanismo de união plena que é a Unasul. Todas essas organizações devem ser tributárias do novo esquema', detalhou.

Antes do início da cúpula, o presidente do Uruguai se reuniu esta terça-feira com o presidente paraguaio, Fernando Lugo, possívelmente para convencê-lo sobre esta iniciativa de aceitação, cujo conteúdo jurídico ainda é uma incógnita. Ao sair do encontro, Lugo preferiu não fazer declarações aos jornalistas.

Na última segunda-feira, em uma reunião do Conselho do Mercado Comum, a qual antecedia o encontro presidencial, os ministros do Mercosul concordaram em firmar uma 'decisão política' para destravar a complexa e demorada adesão da Venezuela como um integrante pleno.

'Definitivamente é muito importante essa discussão política dos presidentes', disse à imprensa o chanceler uruguaio, Luis Almagro.

O protocolo de adesão da Venezuela ao Mercosul foi assinado em 2006 e já foi aprovado pelos Parlamentos da Argentina, Uruguai e Brasil, porém, segue parado no Senado paraguaio, que é dominado pela oposição ao presidente Lugo. A adesão da Venezuela estaria sendo atrasada por supostas atitudes antidemocráticas por parte de Chávez.

Apesar de não apresentar detalhes da proposta uruguaia, Almagro assegurou que a 'fórmula' respeita a 'plena vigência' do Tratado de Assunção e as normas de consenso 'que encorajam a tomada de decisões' no bloco.

No entanto, a medida foi mal recebida pela oposição paraguaia, que controla o Parlamento, e também pela oposição uruguaia. Em ambos os casos, as oposições ameaçaram realizar juízos políticos dos seus presidentes por considerarem que se trata de uma violação das respectivas constituições.

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