A mineradora canadense Teck Cominco ofereceu 17,8 bilhões de dólares canadenses (cerca de 16 bilhões de dólares americanos) pela sua rival e conterrânea Inco. Segundo a Teck Cominco, se concretizado, o negócio criará uma das maiores mineradoras do mundo, com liderança nas áreas de zinco, carvão mineral e índio (elemento químico da família das terras raras). A companhia também passaria a deter posições relevantes no mercado internacional de níquel e outros metais. O acordo seria pago em ações e dinheiro.

"A combinação de duas das maiores mineradoras do país criará uma potência canadense no atual cenário da mineração", afirmou Donald Lindsay, presidente executivo da Teck Cominco.

Segundo o britânico Financial Times, a Inco apresentou uma queda de 36% nos lucros do primeiro trimestre. A companhia responsabilizou a cotação desfavorável do dólar canadense e o reajuste do preço da energia pelos maus resultados. Outros fatores citados pela mineradora foram as maiores despesas com custos trabalhistas e de fornecedores.

Para concretizar o negócio, a Teck Cominco impôs uma condição à Inco: que ela desista de comprar a Falconbridge, mineradora canadense especializada em cobre e níquel. O motivo seria o elevado custo da transação, que seria desvantajosa para os acionistas da Inco. "O mercado indica que o preço requerido para comprar a Falconbridge pode ser maior que o da Inco. Pela nossa oferta, os acionistas da Inco receberão um prêmio maior por seus papéis que o decorrente da compra da Falconbridge", afirmou Lindsay. Se a Inco desistir realmente da Falconbridge, a anglo-suíça Xtrata é a mais cotada para levar a produtora de cobre e níquel.