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Abbas fechará organização que defende negociação com Israel

Yasser Abed Rabbo, ex-líder da organização, disse que irá ao Tribunal Supremo palestino para reverter essa decisão

O presidente palestino Mahmoud Abbas: defensores da OLP afirmam que decisão do presidente é "completamente ilegal, não é sua responsabilidade fechar uma ONG" (Abbas Momani/AFP)
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Da Redação

Publicado em 19 de agosto de 2015 às 09h26.

Jerusalém - O presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, decidiu desmantelar a "Coalizão de Paz Palestina", principal ONG palestino sobre paz, que defende a negociação com Israel para alcançar uma solução de dois Estados.

A informação foi divulgada nesta quarta-feira pela agência de notícias independente Sama, que não explicou as razões pelas quais Abbas teria tomada essa decisão.

A coalizão é liderada por Yasser Abed Rabbo, que foi demitido recentemente por Abbas da secretaria-geral da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), e que afirmou à Agência Efe que a decisão responde a uma questão "pessoal".

"Abbas não tem nenhum direito de fazer isso. A decisão é completamente ilegal, não é sua responsabilidade fechar uma ONG, a lei o proíbe, da mesma forma que confiscar ou arrecadar os fundos destinados à coalizão pelos governos de Suíça, Estados Unidos, Suécia, Dinamarca e Holanda", disse Abed Rabbo.

Ele disse que irá ao Tribunal Supremo palestino para reverter essa decisão, "sem precedentes e adotada contra mim de maneira pessoal".

O responsável na cidade cisjordaniana de Ramala da "Coalizão de Paz Palestina", Nidal Foqah, explicou à Efe que a plataforma ainda não recebeu uma comunicação oficial sobre seu fechamento ou desmantelamento, apesar de ter sabido da decisão através da imprensa.

A ONG, assinalou Foqah, "é líder no terreno palestino da promoção de uma solução de dois Estados e do espírito da paz e da negociação em todas partes".

"Trata-se de uma ONG e devemos ter o direito de atuar como representante da sociedade civil", acrescentou.

Foqah contemporizou, dizendo não ser "uma iniciativa pessoal", mas um movimento que aglutina diferentes organizações da sociedade civil e conta com o suporte de países europeus e da comunidade internacional.

"Não sabemos o que acontecerá no campo palestino da paz, nem com as pessoas que desejarem cooperar com nossa organização. Claro que a mensagem é muito negativa", concluiu.

A ONG surgiu no calor da Iniciativa de paz de Genebra, apresentada em 2003 e promovida pelos ex-ministros, o israelense Yossi Beilin, e o palestino Abed Rabbo.

Trata-se de uma minuta sem valor jurídica algum, que defende que ambos povos vivam em dois Estados com fronteiras seguras e estáveis, amparados pela resolução 242 da ONU.

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A coalizão é liderada por Yasser Abed Rabbo, que foi demitido recentemente por Abbas da secretaria-geral da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), e que afirmou à Agência Efe que a decisão responde a uma questão "pessoal".

"Abbas não tem nenhum direito de fazer isso. A decisão é completamente ilegal, não é sua responsabilidade fechar uma ONG, a lei o proíbe, da mesma forma que confiscar ou arrecadar os fundos destinados à coalizão pelos governos de Suíça, Estados Unidos, Suécia, Dinamarca e Holanda", disse Abed Rabbo.

Ele disse que irá ao Tribunal Supremo palestino para reverter essa decisão, "sem precedentes e adotada contra mim de maneira pessoal".

O responsável na cidade cisjordaniana de Ramala da "Coalizão de Paz Palestina", Nidal Foqah, explicou à Efe que a plataforma ainda não recebeu uma comunicação oficial sobre seu fechamento ou desmantelamento, apesar de ter sabido da decisão através da imprensa.

A ONG, assinalou Foqah, "é líder no terreno palestino da promoção de uma solução de dois Estados e do espírito da paz e da negociação em todas partes".

"Trata-se de uma ONG e devemos ter o direito de atuar como representante da sociedade civil", acrescentou.

Foqah contemporizou, dizendo não ser "uma iniciativa pessoal", mas um movimento que aglutina diferentes organizações da sociedade civil e conta com o suporte de países europeus e da comunidade internacional.

"Não sabemos o que acontecerá no campo palestino da paz, nem com as pessoas que desejarem cooperar com nossa organização. Claro que a mensagem é muito negativa", concluiu.

A ONG surgiu no calor da Iniciativa de paz de Genebra, apresentada em 2003 e promovida pelos ex-ministros, o israelense Yossi Beilin, e o palestino Abed Rabbo.

Trata-se de uma minuta sem valor jurídica algum, que defende que ambos povos vivam em dois Estados com fronteiras seguras e estáveis, amparados pela resolução 242 da ONU.

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