Abbas e Meshaal elogiam nova associação entre palestinos
O presidente da ANP e o líder do Hamas decidiram firmar a reconciliação palestina durante uma reunião de duas horas no Cairo
Da Redação
Publicado em 24 de novembro de 2011 às 13h21.
Cairo - O presidente Mahmud Abbas e o chefe do Hamas, Khaled Mechaal, anunciaram nesta quinta-feira uma "parceria" durante a reunião no Cairo para concluir a reconciliação palestina , paralisada há seis meses.
"Não existe mais diferenças entre a gente. Nós concordamos em trabalhar como parceiros com uma responsabilidade única", declarou Abbas aos jornalistas.
"Queremos assegurar ao nosso povo e a todo o mundo árabe e muçulmano que nós viramos uma nova página importante de parceria sobre tudo o que diz respeito à nação palestina", afirmou Mechaal.
Os dois líderes se reuniram às 11h00 (09h00 de Brasília) para uma reunião particular de aproximadamente duas horas, que depois foi aberta ao partido Fatah de Abbas e ao movimento islamita Hamas, constatou um jornalista da AFP. Azzam al-Ahmad, responsável pela questão da reconciliação no Fatah e Mussa Abu Marzuk, número dois do Hamas, informaram sobre "um acordo global" entre os dois movimentos.
"O presidente e Mechaal examinaram os termos do acordo de reconciliação e o modo de como aplicá-lo antes da próxima reunião entre as delegações dos dois movimentos para acertar os detalhes", disse Azzam al-Ahmad.
"Em seguida, todos os movimentos que assinaram o acordo de reconciliação em maio serão convidados para discutir os toques finais, começar a aplicar o acordo e para a realização de eleições presidenciais, legislativas e no Conselho Nacional", acrescentou.
A reunião também abordou "a questão da trégua na Cisjordânia e na Faixa de Gaza com Israel e a questão da resistência popular, sua organização e gestão", ressaltou o chefe do Fatah, enquanto há informações de que o Hamas concordou em passar da luta armada para uma "resistência pacífica".
Uma fonte palestina independente, que se reuniu com os líderes do Hamas, afirmou recentemente à AFP que o grupo está preparado para uma "resistência popular pacífica."
Esta é a primeira reunião entre os dois homens desde a assinatura em maio de um surpreendente acordo concluído no dia 27 de abril entre o Fatah e o Hamas, que controlam respectivamente as regiões autônomas da Cisjordânia e a Faixa de Gaza.
O acordo previa a formação de um governo de independentes encarregados de organizar as eleições até maio de 2012.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, cujo país é declaradamente hostil à unidade palestina com o Hamas, considerado por ele uma "organização terrorista", criticou novamente o acordo e pediu que Abbas "suspensão do processo de reconciliação com o Hamas".
Um dos principais pontos de desacordo é a escolha do chefe de Governo. Abbas deseja que seu primeiro-ministro, Salam Fayyad, ocupe o cargo, enquanto o Hamas rejeita esta nomeação.
Esta questão será discutida posteriormente durante as próximas reuniões no Cairo entre os dois movimentos, afirmou Ahmad.
A reunião deverá abordar também a questão da consolidação e unificação dos serviços de segurança palestinos e a Organização da Libertação Palestina (OLP), que o Hamas não faz parte.
* Matéria atualizada às 14h22
Cairo - O presidente Mahmud Abbas e o chefe do Hamas, Khaled Mechaal, anunciaram nesta quinta-feira uma "parceria" durante a reunião no Cairo para concluir a reconciliação palestina , paralisada há seis meses.
"Não existe mais diferenças entre a gente. Nós concordamos em trabalhar como parceiros com uma responsabilidade única", declarou Abbas aos jornalistas.
"Queremos assegurar ao nosso povo e a todo o mundo árabe e muçulmano que nós viramos uma nova página importante de parceria sobre tudo o que diz respeito à nação palestina", afirmou Mechaal.
Os dois líderes se reuniram às 11h00 (09h00 de Brasília) para uma reunião particular de aproximadamente duas horas, que depois foi aberta ao partido Fatah de Abbas e ao movimento islamita Hamas, constatou um jornalista da AFP. Azzam al-Ahmad, responsável pela questão da reconciliação no Fatah e Mussa Abu Marzuk, número dois do Hamas, informaram sobre "um acordo global" entre os dois movimentos.
"O presidente e Mechaal examinaram os termos do acordo de reconciliação e o modo de como aplicá-lo antes da próxima reunião entre as delegações dos dois movimentos para acertar os detalhes", disse Azzam al-Ahmad.
"Em seguida, todos os movimentos que assinaram o acordo de reconciliação em maio serão convidados para discutir os toques finais, começar a aplicar o acordo e para a realização de eleições presidenciais, legislativas e no Conselho Nacional", acrescentou.
A reunião também abordou "a questão da trégua na Cisjordânia e na Faixa de Gaza com Israel e a questão da resistência popular, sua organização e gestão", ressaltou o chefe do Fatah, enquanto há informações de que o Hamas concordou em passar da luta armada para uma "resistência pacífica".
Uma fonte palestina independente, que se reuniu com os líderes do Hamas, afirmou recentemente à AFP que o grupo está preparado para uma "resistência popular pacífica."
Esta é a primeira reunião entre os dois homens desde a assinatura em maio de um surpreendente acordo concluído no dia 27 de abril entre o Fatah e o Hamas, que controlam respectivamente as regiões autônomas da Cisjordânia e a Faixa de Gaza.
O acordo previa a formação de um governo de independentes encarregados de organizar as eleições até maio de 2012.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, cujo país é declaradamente hostil à unidade palestina com o Hamas, considerado por ele uma "organização terrorista", criticou novamente o acordo e pediu que Abbas "suspensão do processo de reconciliação com o Hamas".
Um dos principais pontos de desacordo é a escolha do chefe de Governo. Abbas deseja que seu primeiro-ministro, Salam Fayyad, ocupe o cargo, enquanto o Hamas rejeita esta nomeação.
Esta questão será discutida posteriormente durante as próximas reuniões no Cairo entre os dois movimentos, afirmou Ahmad.
A reunião deverá abordar também a questão da consolidação e unificação dos serviços de segurança palestinos e a Organização da Libertação Palestina (OLP), que o Hamas não faz parte.
* Matéria atualizada às 14h22