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A guerra diplomática dos EUA e da União Europeia contra a Rússia

Diplomatas russos serão expulsos dos Estados Unidos e de ao menos 14 países da União Europeia, como Alemanha, França e Itália

Putin: o presidente tenta resolver os conflitos políticos (Alexei Druzhinin/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 26 de março de 2018 às 19h00.

Última atualização em 27 de março de 2018 às 07h21.

Diplomatas da Rússia serão expulsos dos Estados Unidos e de ao menos 14 países da União Europeia, como Alemanha, França e Itália, informaram autoridades americanas e europeias nesta segunda-feira.

Outro país europeu, a Islândia, anunciou que suas autoridades não viajarão à Copa do Mundo na Rússia, na estreia da seleção em mundiais de futebol. São repostas ao episódio do envenenamento do ex-espião russo Sergei Skripal e de sua filha em Salisbury, no Reino Unido, no dia 4 de março.

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Skripal denunciou dezenas de agentes russos à inteligência estrangeira até ser preso pelas autoridades russas em 2004. Ele foi condenado a treze anos de prisão em 2006, mas em 2010 recebeu refúgio no Reino Unido, depois de ter sido trocado por espiões russos.

Moscou tem negado responsabilidade pelo ataque do dia 4 de março, no primeiro uso ofensivo de que se tem conhecimento de agentes químicos que atingem o sistema nervoso na Europa desde a Segunda Guerra Mundial.

O país que terá o maior número de extraditados são os Estados Unidos, com 60 diplomatas. Anteriormente, no dia 14, o Reino Unido já havia anunciado a expulsão de 23 diplomatas.

Os Estados Unidos também anunciaram que fecharão o consulado da Rússia em Seattle, porque o governo americano acredita que esse é principal posto para as operações de inteligência russa no país, segundo o jornal Washington Post.

Segundo o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, mais expulsões e outras medidas comuns da União Europeia podem ser esperadas nas próximas semanas.

A Rússia expressou nesta segunda-feira seu “enérgico protesto” pela decisão de expulsar diplomatas russos, numa declaração do Ministério de Relações Exteriores.

O órgão manifestou que este “gesto provocador” dos países que “seguem o jogo das autoridades do Reino Unido (…) é a continuação da política de confronto que aponta a uma piora da situação”.

Para os russos, os britânicos “adotaram, de fato, uma postura parcial e hipócrita”.

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