Trump admite que pode retirar sanções contra Rússia
Trump disse que aceita se reunir com o líder russo, Vladimir Putin, logo após assumir a Casa Branca para discutir a relação dos países
Agência Brasil
Publicado em 14 de janeiro de 2017 às 19h53.
Última atualização em 14 de janeiro de 2017 às 20h08.
São Paulo - A menos de uma semana de sua posse na Presidência dos Estados Unidos, o republicano Donald Trump afirmou que está disposto a retirar as sanções contra a Rússia. Em entrevista ao jornal The Wall Street Journal publicada ontem (13), Trump disse que aceita se reunir com o líder russo, Vladimir Putin, logo após assumir a Casa Branca, em 20 de janeiro, e discutir a relação.
De acordo com o republicano, caso Moscou demonstre colaboração em assuntos estratégicos, como a luta contra o terrorismo, ele poderá retirar as sanções aplicadas à Rússia. As últimas foram impostas em dezembro pela administração de Barack Obama pelos supostos ataques de hackers russos a informações sigilosas de Washington e à intervenção nas eleições presidenciais de novembro.
Estas sanções, porém, Trump admite que deixará intactas "por um tempo". A entrevista veio à tona no mesmo dia em que o Comitê de Inteligência do Senado dos Estados Unidos decidiu abrir uma investigação sobre a relação entre a Rússia e membros das equipes de campanhas presidenciais de novembro de 2016.
O objetivo é trazer à tona eventuais interferências de Moscou nas eleições, nas quais a candidata democrata, Hillary Clinton, que aparecia como a favorita nas pesquisas, foi derrotada por Trump. As agências de inteligência dos EUA alegam que Putin ordenou pessoalmente ações secretas para interferir nas eleições e garantir a vitória de Trump.
Uma delas seria o ataque cibernético contra computadores do Partido Democrata para vazar informações comprometedoras de Hillary. Já o jornal The Washington Post publicou que a Rússia convidou recentemente o governo de Trump a se juntar às negociações sobre a paz na Síria realizadas com a Turquia e o Irã.
O convite teria sido feito em um telefonema no dia 28 de dezembro entre Michael Flynn, nomeado por Trump como conselheiro para a segurança nacional, e o embaixador russo em Washington, Sergey Kislyak.