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18 morrem em dia de manifestações contra governo sírio

Milhares de pessoas saíram às ruas convocadas pelos opositores, que disseram ter organizado as maiores manifestações desde o início do cessar-fogo, em 12 de abril

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 1 de junho de 2012 às 15h45.

Beirute - Mais de 250.000 sírios protestaram nesta sexta-feira contra o regime e o massacre de Houla em várias cidades do país, onde as forças governamentais abriram fogo para dispersar os manifestantes, segundo uma ONG síria.

A violência no país deixou pelo menos 18 mortos, em sua maioria civis, de acordo com as últimas informações fornecidas pelo Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).

Milhares de pessoas saíram às ruas convocadas pelos opositores, que disseram ter organizado as maiores manifestações desde o início do cessar-fogo, em 12 de abril.

A multidão homenageou as 49 crianças massacradas no dia 25 de maio em Houla junto com outras 59 pessoas. A oposição e o regime negam sua responsabilidade nos assassinatos, enquanto um importante funcionário das Nações Unidas afirma existir "fortes suspeitas" do envolvimento de milícias pró-regime.

Em Aleppo (norte), palco das maiores mobilizações nas últimas três semanas, milhares de pessoas se reuniram para protestar, segundo o líder do OSDH, Rami Abdel Rahman.

O Conselho Nacional Sírio (CNS), principal coalizão de oposição, disse que esta é a maior manifestação na cidade desde o início, em março de 2011, da revolta popular violentamente reprimida pelo regime de Bashar al-Assad.

Outros protestos foram relatados nas províncias de Damasco, Deraa (sul), Homs e Hama (centro), Deir Ezzor (leste), Hassaké (noroeste) e Latakia (oeste), apesar da presença massiva das forças de segurança, segundo o OSDH.


"O Exército abriu fogo para dispersar manifestantes nas regiões de Damasco, Deraa e Aleppo", onde dois manifestantes foram mortos, afirmou a ONG com sede na Grã-Bretanha.

Na capital, muitos manifestantes percorreram o bairro de Esseily: "Árabes, precisamos mais do que a expulsão dos embaixadores (da Síria), também exigimos a expulsão dos embaixadores da Rússia e da China", estava escrito em um cartaz exibido por um manifestante, segundo um vídeo divulgado pelos militantes.

Outro cartaz acusava o regime de matar crianças enquanto fala de reformas.

Em outro bairro da capital, Tadamoun, os manifestantes exibiam fotos das vítimas do massacre de Houla. Eles também usavam símbolos religiosos para denunciar os conflitos sectários.

Em Damasco, mais dois civis foram mortos e outro ficou gravemente ferido em uma explosão na casa de um deles no bairro de Mazze, de acordo com OSDH.

Na província de Damasco, "as forças do governo entraram na cidade de Daraya e bombardearam o oeste da cidade, onde estão os rebeldes, matando cinco civis", acrescentou.

Na província de Deir Ezzor, um civil foi morto a tiros pelas forças de segurança em frente a sua casa, na cidade de Boukamal, de acordo com ativistas.

Na província de Deraa, o OSDH relatou a morte de um homem a tiros quando saía da mesquita. E em Homs, cinco civis morreram, incluindo dois mortos a tiros no bairro de Sbaa Bab. Uma pessoa também foi morta na província de Idleb e outra morreu em Hama.

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Beirute - Mais de 250.000 sírios protestaram nesta sexta-feira contra o regime e o massacre de Houla em várias cidades do país, onde as forças governamentais abriram fogo para dispersar os manifestantes, segundo uma ONG síria.

A violência no país deixou pelo menos 18 mortos, em sua maioria civis, de acordo com as últimas informações fornecidas pelo Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).

Milhares de pessoas saíram às ruas convocadas pelos opositores, que disseram ter organizado as maiores manifestações desde o início do cessar-fogo, em 12 de abril.

A multidão homenageou as 49 crianças massacradas no dia 25 de maio em Houla junto com outras 59 pessoas. A oposição e o regime negam sua responsabilidade nos assassinatos, enquanto um importante funcionário das Nações Unidas afirma existir "fortes suspeitas" do envolvimento de milícias pró-regime.

Em Aleppo (norte), palco das maiores mobilizações nas últimas três semanas, milhares de pessoas se reuniram para protestar, segundo o líder do OSDH, Rami Abdel Rahman.

O Conselho Nacional Sírio (CNS), principal coalizão de oposição, disse que esta é a maior manifestação na cidade desde o início, em março de 2011, da revolta popular violentamente reprimida pelo regime de Bashar al-Assad.

Outros protestos foram relatados nas províncias de Damasco, Deraa (sul), Homs e Hama (centro), Deir Ezzor (leste), Hassaké (noroeste) e Latakia (oeste), apesar da presença massiva das forças de segurança, segundo o OSDH.


"O Exército abriu fogo para dispersar manifestantes nas regiões de Damasco, Deraa e Aleppo", onde dois manifestantes foram mortos, afirmou a ONG com sede na Grã-Bretanha.

Na capital, muitos manifestantes percorreram o bairro de Esseily: "Árabes, precisamos mais do que a expulsão dos embaixadores (da Síria), também exigimos a expulsão dos embaixadores da Rússia e da China", estava escrito em um cartaz exibido por um manifestante, segundo um vídeo divulgado pelos militantes.

Outro cartaz acusava o regime de matar crianças enquanto fala de reformas.

Em outro bairro da capital, Tadamoun, os manifestantes exibiam fotos das vítimas do massacre de Houla. Eles também usavam símbolos religiosos para denunciar os conflitos sectários.

Em Damasco, mais dois civis foram mortos e outro ficou gravemente ferido em uma explosão na casa de um deles no bairro de Mazze, de acordo com OSDH.

Na província de Damasco, "as forças do governo entraram na cidade de Daraya e bombardearam o oeste da cidade, onde estão os rebeldes, matando cinco civis", acrescentou.

Na província de Deir Ezzor, um civil foi morto a tiros pelas forças de segurança em frente a sua casa, na cidade de Boukamal, de acordo com ativistas.

Na província de Deraa, o OSDH relatou a morte de um homem a tiros quando saía da mesquita. E em Homs, cinco civis morreram, incluindo dois mortos a tiros no bairro de Sbaa Bab. Uma pessoa também foi morta na província de Idleb e outra morreu em Hama.

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