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Quais são os requisitos para fazer usucapião de um terreno abandonado?

Um dos requisitos para o usucapião especial urbano é que o ocupante não seja proprietário de outro imóvel

Para dar entrada no processo de usucapião, é necessário contratar um advogado especializado em direito imobiliário (Witthaya Prasongsin/Getty Images)

Publicado em 12 de novembro de 2024 às 17h41.

O usucapião é uma forma legal de adquirir a propriedade de um imóvel após o uso contínuo por determinado período, desde que alguns requisitos sejam cumpridos. Esse processo pode ser aplicado a terrenos abandonados, permitindo que aqueles que ocupam e cuidam de uma área por tempo prolongado tenham a chance de legalizar a posse e obter o título de propriedade. Abaixo, veja quais são os requisitos principais para fazer usucapião de um terreno abandonado e como iniciar o processo.

1. Posse mansa e pacífica

Para solicitar o usucapião, o ocupante deve comprovar que a posse foi exercida de maneira mansa e pacífica, ou seja, sem contestação ou conflitos com outros interessados. O uso do terreno deve ter ocorrido de forma ininterrupta e pacífica, sem ameaças ou oposição de terceiros, incluindo o proprietário registrado.

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2. Período de ocupação

O período de ocupação exigido para o usucapião varia conforme a modalidade.Em geral, o tempo mínimo é de 5 anos para usucapião especial urbano e de 15 anos para outras modalidades, como o usucapião ordinário. Esse tempo pode ser reduzido para 10 anos caso o ocupante tenha feito benfeitorias no terreno, como construções ou melhorias significativas, demonstrando o cuidado com a propriedade.

3. Uso como moradia ou atividade produtiva

Para que o usucapião seja reconhecido, o terreno deve estar sendo utilizado como moradia ou para uma atividade produtiva. Isso é importante para comprovar o vínculo com a área e a intenção de utilizá-la de forma permanente. Em casos de usucapião especial urbano, o uso residencial é fundamental, e é necessário comprovar que o imóvel serve de habitação para o ocupante e sua família.

4. Inexistência de outro imóvel em nome do ocupante

Um dos requisitos para o usucapião especial urbano é que o ocupante não seja proprietário de outro imóvel urbano ou rural. Esse critério visa beneficiar aqueles que realmente necessitam de moradia e que não têm outra propriedade. No caso de outras modalidades, essa exigência pode variar, mas o usucapião geralmente visa garantir a posse a quem de fato faz uso exclusivo da área.

5. Comprovação da posse por meio de documentos e testemunhas

A documentação é essencial para o processo de usucapião. Contas de luz, água, comprovantes de melhorias, fotos e testemunhas que possam atestar a ocupação contínua são provas importantes. Esses documentos ajudam a demonstrar a presença do ocupante na área e seu cuidado com o terreno, facilitando o reconhecimento da posse.

6. Ausência de oposição do proprietário original

Para que o usucapião seja válido, o proprietário original não deve contestar a posse durante o período exigido. Se o dono do terreno tiver ciência da ocupação e não tomar medidas legais para reivindicar o imóvel, entende-se que ele não se opõe à ocupação. Isso fortalece o direito de posse do ocupante, tornando possível a legalização da área.

Como iniciar o processo de usucapião

Para dar entrada no processo de usucapião, é necessário contratar um advogado especializado em direito imobiliário ou buscar assistência jurídica gratuita, caso disponível. O advogado orientará sobre a documentação e entrará com uma ação judicial ou administrativa, dependendo das exigências locais. Em alguns casos, é possível realizar o usucapião extrajudicial em cartório, o que simplifica e acelera o processo.

Por que você deve saber sobre isso

O usucapião de um terreno abandonado exige o cumprimento de requisitos como posse mansa e pacífica, ocupação prolongada e uso contínuo para moradia ou produção. Cumprir esses critérios e reunir provas consistentes é essencial para garantir o reconhecimento legal da posse. Consultar um advogado especializado é o primeiro passo para iniciar o processo e buscar a titularidade da área, garantindo segurança e estabilidade na propriedade.

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