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Nos EUA, ricos apostam em casas e pobres em ouro

Pesquisa mostra que americanos mais ricos escolhem mercado imobiliário como melhor investimento de longo prazo, enquanto os pobres preferem ouro

Barras e moedas de ouro: o metal é o melhor investimento para os mais pobres (Mario Tama/Getty Images)

João Pedro Caleiro

Publicado em 23 de abril de 2014 às 16h42.

São Paulo - Uma nova pesquisa da Gallup perguntou para os americanos qual eles consideram o melhor investimento de longo prazo.

O mercado imobiliário voltou para o primeiro lugar, com 30% das respostas. 3 anos atrás, essa era a escolha de apenas 19% dos americanos.

Pelo jeito, eles superaram definitivamente o trauma da crise financeira de 2008, que estourou justamente neste setor.

Em segundo lugar, empatam ouro e mercado de ações, cada um com 24% das respostas. Mas há aí uma diferença importante entre os diferentes grupos de renda.

Pobres e ricos

Os mais pobres - famílias com renda anual abaixo de 30 mil dólares - são os únicos que escolhem o ouro como melhor investimento de longo prazo, com 31%.

Entre os mais ricos - com renda acima de 75 mil dólares - o ouro cai para o terceiro lugar, com 18% das respostas, bem abaixo do mercado imobiliário (38%) e ações (30%).

Não é difícil de imaginar o porquê. Quem tem mais dinheiro tende a ser dono do próprio imóvel, o que já insere o indivíduo no mercado.

Comprar e vender casas e apartamentos exige, além de informação, uma boa dose de paciência, já que é impossível realizar o investimento de um dia pro outro - um luxo que apenas os ricos podem se dar.

O ouro, por outro lado, é mais seguro e imediato. É difícil imaginar que o valor do ouro vá cair brutalmente de uma hora pra outra, e há diversas formas de transformar o produto em dinheiro a qualquer momento - de forma legal ou ilegal.

A pesquisa foi realizada por telefone entre 3 e 6 de abril com uma amostra aleatória de 1.026 adultos acima dos 18 anos em todos os 50 estados, mais o Distrito de Columbia.

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O mercado imobiliário voltou para o primeiro lugar, com 30% das respostas. 3 anos atrás, essa era a escolha de apenas 19% dos americanos.

Pelo jeito, eles superaram definitivamente o trauma da crise financeira de 2008, que estourou justamente neste setor.

Em segundo lugar, empatam ouro e mercado de ações, cada um com 24% das respostas. Mas há aí uma diferença importante entre os diferentes grupos de renda.

Pobres e ricos

Os mais pobres - famílias com renda anual abaixo de 30 mil dólares - são os únicos que escolhem o ouro como melhor investimento de longo prazo, com 31%.

Entre os mais ricos - com renda acima de 75 mil dólares - o ouro cai para o terceiro lugar, com 18% das respostas, bem abaixo do mercado imobiliário (38%) e ações (30%).

Não é difícil de imaginar o porquê. Quem tem mais dinheiro tende a ser dono do próprio imóvel, o que já insere o indivíduo no mercado.

Comprar e vender casas e apartamentos exige, além de informação, uma boa dose de paciência, já que é impossível realizar o investimento de um dia pro outro - um luxo que apenas os ricos podem se dar.

O ouro, por outro lado, é mais seguro e imediato. É difícil imaginar que o valor do ouro vá cair brutalmente de uma hora pra outra, e há diversas formas de transformar o produto em dinheiro a qualquer momento - de forma legal ou ilegal.

A pesquisa foi realizada por telefone entre 3 e 6 de abril com uma amostra aleatória de 1.026 adultos acima dos 18 anos em todos os 50 estados, mais o Distrito de Columbia.

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