Exame Logo

Conheça os tipos de financiamento imobiliário e descubra o mais adequado para você

Entenda as opções disponíveis no mercado para adquirir a casa dos seus sonhos com condições que cabem no seu bolso

O SFH oferece juros baixos e prazos longos, mas é limitado a imóveis residenciais de até R$ 1,5 milhão (Julia_Sudnitskaya/Thinkstock)

Publicado em 13 de março de 2025 às 15h56.

Adquirir um imóvel é um dos maiores investimentos da vida de muitas pessoas. Para facilitar esse processo, o mercado oferece diferentes tipos de financiamento imobiliário, cada um com características próprias e que atendem a necessidades distintas. Entender como funcionam essas modalidades e suas vantagens é essencial para escolher a melhor opção para o seu perfil e objetivo.

O que é financiamento imobiliário?

O financiamento imobiliário é uma modalidade de crédito que permite ao comprador adquirir um imóvel, seja novo ou usado, com o valor pago de forma parcelada. O banco ou instituição financeira paga o valor do imóvel ao vendedor, e o comprador se compromete a devolver o montante ao longo de um período determinado, acrescido de juros e taxas.

Veja também

Esse tipo de financiamento pode ser solicitado tanto para pessoas físicas quanto para jurídicas e, em alguns casos, é possível usar o imóvel como garantia para a operação, o que pode reduzir a taxa de juros.

Tipos de financiamento imobiliário

1. Financiamento pela Caixa Econômica Federal (SFH - Sistema Financeiro de Habitação)

O SFH é um dos tipos mais comuns de financiamento no Brasil, especialmente para a compra de imóveis com valor de até R$ 1,5 milhão. Ele é voltado para a população que deseja adquirir a casa própria e, geralmente, oferece condições mais vantajosas, como menores taxas de juros. A principal característica do SFH é que ele pode ser usado apenas para imóveis residenciais, sendo vedada a aquisição de imóveis comerciais.

2. Financiamento pelo Sistema de Financiamento Imobiliário (SFI)

Diferente do SFH, o SFI não tem limite de valor para a aquisição do imóvel. Ele é mais utilizado para imóveis de maior valor, como imóveis de luxo ou em áreas de alto padrão. Embora as taxas de juros possam ser mais altas do que no SFH, o SFI oferece maior flexibilidade para o comprador.

3. Financiamento com recursos do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço)

Outra opção para quem deseja financiar a casa própria é utilizar o saldo do FGTS como parte do pagamento do imóvel. Esse financiamento pode ser solicitado tanto para aquisição de imóveis novos quanto usados, desde que o imóvel esteja dentro dos requisitos estabelecidos pela Caixa Econômica Federal. A grande vantagem desse financiamento é a possibilidade de reduzir o valor das parcelas ao utilizar o FGTS como entrada ou amortização da dívida.

4. Casa Verde e Amarela

O Casa Verde e Amarela é um programa habitacional do governo federal, criado em 2020, para facilitar o acesso à casa própria para famílias de baixa e média-baixa renda. Com três faixas de renda, o programa oferece financiamento com juros baixos, prazos longos e subsídios do governo, que ajudam a reduzir o valor das parcelas. Famílias com renda de até R$ 7 mil podem ser beneficiadas, e o uso do FGTS pode complementar o pagamento do imóvel. Para participar, é necessário atender a requisitos como não ser proprietário de outro imóvel e estar inscrito no Cadastro Único.

5. Consórcio imobiliário

O consórcio imobiliário é uma modalidade de compra onde os participantes contribuem mensalmente para formar um fundo comum. Com esse fundo, os consorciados têm a chance de ser sorteados e, assim, adquirir o imóvel de sua escolha. As principais vantagens do consórcio são a ausência de juros e a possibilidade de adquirir imóveis de diferentes valores. No entanto, a principal desvantagem é a demora para a liberação do crédito, que depende de sorteios ou lances feitos pelos consorciados.

6. Crédito Direto ao Consumidor (CDC)

No CDC, o financiamento é feito diretamente com o banco, sem passar por um sistema específico de habitação como o SFH. Esse modelo é mais flexível, pois o valor pode ser utilizado para a compra de imóveis novos ou usados, comerciais ou residenciais. Porém, as taxas de juros são mais altas em relação aos financiamentos pelos sistemas públicos, o que pode tornar o pagamento das parcelas mais oneroso.

Vantagens e desvantagens de cada tipo de financiamento

Cada tipo de financiamento oferece vantagens e desvantagens que devem ser avaliadas conforme o perfil e as necessidades do comprador. O SFH, por exemplo, é ideal para quem busca menores taxas de juros e uma entrada mais acessível, mas é limitado quanto ao valor do imóvel. O SFI, por sua vez, oferece mais flexibilidade, mas com custos financeiros mais altos.

O programa Casa Verde e Amarela se destaca pela sua acessibilidade, oferecendo juros baixos, prazos longos e subsídios, facilitando o acesso à casa própria para famílias com renda de até R$ 7 mil. A desvantagem está nas exigências de inscrição no Cadastro Único e a restrição de renda, o que limita o público-alvo.

O consórcio é uma excelente alternativa para quem não tem pressa e deseja evitar os juros, mas o processo pode ser mais demorado. O crédito direto ao consumidor oferece mais liberdade para adquirir qualquer tipo de imóvel, mas com juros mais altos.

A escolha do financiamento imobiliário ideal depende, portanto, de uma análise cuidadosa das condições oferecidas, das taxas de juros e dos prazos. Avaliar seu orçamento e consultar um especialista pode ser a chave para tomar a melhor decisão e realizar o sonho da casa própria sem comprometer suas finanças.

Acompanhe tudo sobre:Guia do Mercado Imobiliário

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as notícias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Mercado Imobiliário

Mais na Exame