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Economista revela estratégias para proteger seu patrimônio e os benefícios de investir no exterior

Danilo Igliori fala sobre diversificação e como a Nomad facilita o acesso ao mercado americano

Investir em dólar é alternativa para diversificação e proteção financeira. (wutwhanfoto/Thinkstock)
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Publicado em 28 de outubro de 2024 às 15h00.

Fundada em 2020, a Nomad está revolucionando a forma de investir para muitas pessoas. Além de permitir que o usuário invista em dólares nos Estados Unidos, proporcionando acesso a uma vida financeira global, a plataforma ajuda brasileiros a se protegerem dos altos e baixos da economia brasileira. A seguir, Danilo Igliori, economista-chefe da Nomad, fala sobre as vantagens de investir no mercado financeiro americano.

Quais são as principais vantagens de investir no exterior para os brasileiros?

A primeira vantagem é a diversificação entre segmentos e ativos, muitas vezes com oportunidades inexistentes no Brasil, como alguns setores de alto crescimento. Diversificar permite novas oportunidades de gerar mais retorno. Outra grande vantagem, essencial para qualquer investidor de longo prazo, está ligada a dois aspectos: proteção de patrimônio e diminuição da volatilidade.

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No primeiro aspecto, as oscilações do dólar afetam diretamente no dia a dia de todos os brasileiros, e ter investimentos dolarizados é uma excelente maneira de se proteger da inflação, especialmente no longo prazo. Como a volatilidade é alta e os fatores de risco são constantes e imprevisíveis, a melhor maneira de garantir essa proteção é através de remessas e investimentos contínuos, formando um preço médio e se beneficiando dos juros compostos no longo prazo.

Já a queda da volatilidade está ligada a ter ativos descorrelacionados, ou seja, que reagem de formas distintas ao mesmo momento do ciclo econômico. É uma forma de buscar que uma parte da sua carteira esteja em alta enquanto outras estão em queda, melhorando a relação entre risco e retorno.

Como a taxa de câmbio impacta os investimentos no exterior?

O efeito cambial é uma das principais vantagens de investir no exterior. Os resultados dos investimentos tendem a ser impulsionados, no longo prazo, pela soma do efeito do câmbio. Além disso, o dólar é mundialmente utilizado como um ativo de proteção, tendendo a se valorizar quando os ativos de risco, como a bolsa, se desvalorizam. Dessa forma, em alguns casos é possível até ter valorização, em reais, em período de queda nos preços da sua carteira de ações, por exemplo.

Quais tipos de ativos são mais recomendados para quem está começando a investir fora do Brasil?

Se o perfil do investidor for conservador ou o objetivo para o dinheiro for de curtíssimo prazo, o mais indicado é investir em ativos de renda fixa com liquidez e pouca volatilidade, como é o caso dos títulos T-Bill, do Tesouro americano, porque trazem uma rentabilidade previsível com baixíssimo risco de desvalorização, praticamente nulo, e o menor risco de crédito do mundo pelas agências de classificação. Para quem tem horizontes de médio e longo prazo, mas é iniciante, a grande vantagem do mercado americano em relação ao brasileiro é a vasta gama de ETFs disponíveis para os mais diversos temas. Eles são interessantes para iniciantes porque oferecem diversificação em um produto só, investindo em uma cesta de ativos relacionados à mesma tese, sem a necessidade de analisar individualmente.

Existem limitações ou requisitos específicos para brasileiros que desejam investir no exterior?

Qualquer brasileiro hoje em dia pode investir no exterior por meio de plataformas como a Nomad. Basta abrir uma conta pelo aplicativo e fazer uma remessa a partir de 50 reais. O mínimo para investir em alguns ativos é ainda mais acessível, a partir de 1 dólar para ETFs.

Qual é a porcentagem ideal do patrimônio que um investidor brasileiro deve alocar em ativos no exterior?

É importante aplicar a dolarização especialmente à parcela arriscada de uma carteira de investimentos. Se a recomendação para a sua carteira pessoal é manter 50% do patrimônio em ativos seguros e líquidos atrelados ao CDI, por exemplo, a proporção dolarizada se aplicará apenas à outra metade dos seus investimentos.

Dito isso, o efeito é mais eficiente quando uma parcela relevante dessa carteira é dolarizada, especialmente pela descorrelação entre o dólar e outros ativos de risco. Um estudo realizado pela Nomad em parceria com Bruno Giovannetti e Fernando Chague, professores de Economia e Finanças na EESP/FGV, mostra que carteiras totalmente baseadas em ativos brasileiros têm volatilidade estimada em 25% ao ano. Ao incluir 45% de ativos dolarizados, essa taxa cai para 4%. No exemplo de uma carteira 50% baseada em ativos de risco, a proporção seria, portanto, próxima de 23% do total.

Como a Nomad facilita o processo de investimento no exterior para seus usuários?

A Nomad democratiza o acesso ao mercado internacional oferecendo uma experiência totalmente personalizada para o investidor brasileiro que dá acesso a plataformas americanas, reguladas e monitoradas pelos órgãos de regulação dos Estados Unidos. Todos os processos são totalmente pensados para a experiência do brasileiro, desde a abertura de conta e remessas até o informe de rendimentos, totalmente adaptado para facilitar a declaração de imposto de renda dos nossos clientes.

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