BRAM no Clube Invest: a estratégia do fundo de dividendos que já rendeu 1.200%
Milton Cabral e Carol Ujikawa, da Bradesco Asset, detalham como as decisões de investimento são tomadas dentro do produto
Redação Exame
Publicado em 26 de maio de 2023 às 16h27.
Última atualização em 26 de maio de 2023 às 16h51.
Balanço robusto, liderança de mercado e gestão qualificada são os três pilares observados pela Bradesco Asset Manegement (BRAM) ao escolher as empresas que vão entrar dentro de seu fundo de dividendos. Desde 2004, o produto rendeu 1.019%. Os detalhes da estratégia foram destaque do episódio 63 do Clube EXAME Invest , apresentado por Marcos Maluf e Bruno Lima, que recebeu os gestores da BRAM Milton Cabral e Carol Ujikawa.
“O fundo começou em um momento de recuperação do mercado de capitais. O objetivo era atrair o investidor típico de renda fixa para renda variável, oferecendo um produto com menor volatilidade”, explicou Cabral, que está no produto praticamente desde sua criação.
A redução da volatilidade se explica pela escolha das ações que compõem a estratégia “São empresas que já estão mais consolidadas no mercado, companhias com um histórico mais longo, que já passaram por ciclo de crescimento grande e agora estão distribuindo proventos. É isso que faz o fundo entrar nesse universo mais defensivo”, avaliou Ujikawa.
Os gestores reforçaram que o dividendo é uma maneira de filtrar quais empresas vão entrar no fundo, mas o grande foco de atenção é o resultado de cada companhia. O fundo não distribui dividendos, mas investe em empresas que têm a capacidade de distribuir esses proventos. São oito analistas setoristas que analisam um universo em torno de 120 a 150 empresas, somados a dois outros analistas focados em ESG (critérios ambientais, sociais e de governança, na sigla em inglês).
O que esperar da renda variável?
Os gestores da BRAM estão otimistas com o cenário para a renda variável nos próximos meses. “O cenário é bastante favorável para renda variável porque há um ciclo de alta de juros que está, certamente, encerrado. Estamos agora em um momento de reversão onde a remuneração da renda fixa deixa de ser tão atraente, levando a uma migração de parte dos recursos para a renda variável”, afirmou Cabral.
Ujikawa lembrou ainda que, apesar das boas perspectivas, o cenário de recuperação se concentra no médio e no longo prazo. “Os resultados das empresas ainda estão ruins, mas, em um horizonte de 12 a 24 meses os balanços vão melhorando já que a atividade econômica tem surpreendido positivamente”, destacou.
A BRAM tem atualmente R$ 250 bilhões sob gestão, com cerca de R$ 1,5 bilhão na estratégia de dividendos. Durante o programa, os gestores falaram ainda de sua estratégia para small caps. Veja abaixo o programa completo: