Volume de crédito cresce 1,3% em agosto e atinge R$ 452,8 bilhões

O sistema financeiro encerrou agosto com uma carteira de crédito de 452,5 bilhões de reais. O montante é 1,3% maior que o estoque registrado em julho. A cifra também é 10,5% superior ao acumulado entre janeiro e agosto de 2003. A carteira de crédito também continuou aumentando seu peso sobre a economia brasileira. Em agosto, correspondeu a 26,4% do Produto Interno Bruto (PIB), enquanto em julho era de 26,2% e, em junho, de 26,1%.

As instituições privadas foram responsáveis pelo financiamento de 274,3 bilhões de reais. A cifra foi 1,6% maior que a de julho e 12,8% superior ao acumulado de janeiro a agosto do ano passado. Segundo o Banco Central (BC), o crédito dado a pessoas físicas, comércio e agropecuária foram o que mais estimulou o crescimento das operações privadas.

Já as instituições públicas apresentaram um ritmo de crescimento menor. O saldo de 178,5 bilhões de reais em créditos indica alta de 0,9% sobre julho e de 7% no acumulado do ano. As operações com pessoas físicas e com o comércio foram as que mais se destacaram para esses bancos no período analisado. O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) desembolsou 3,3 bilhões em agosto, montante 11,5% maior que o do mês retrasado. No acumulado até agosto, o banco concedeu 24,3 bilhões em créditos, 43% mais que o do período de comparação.

O poder público também tomou mais crédito do sistema financeiro em agosto. Segundo o BC, a dívida bancária do setor público encerrou o último mês em 19,2 bilhões de reais, cifra 3,1% maior que a de julho. Os governos estaduais e municipais responderam por 13,9 bilhões do total, indicando um incremento de 3,6%. As operações foram demandadas, sobretudo, para investimentos em infra-estrutura de transporte urbano. Já o volume de operações do governo federal foi de 5,3 bilhões, 1,6% maior que o de julho.

O custo médio das operações de crédito com recursos livres manteve-se em 43,9% ao ano em agosto. Os empréstimos para pessoas físicas tiveram custo médio de 63,1% ao ano, taxa 1,1 ponto percentual maior que a de julho. Já no segmento de pessoas jurídicas, a taxa média decresceu 0,9 ponto percentual e fechou o mês passado em 28,8% ao ano.