O mercado financeiro no Brasil deve continuar registrando altos e baixos pelas próximas semanas. A incerteza dos investidores quanto a aplicar em ações ou correr para aplicações consideradas mais seguras continuará até 29 de junho, quando o Federal Reserve (FED, banco central norte-americano) decide a nova taxa de juros dos Estados Unidos. "Todos os países emergentes estão sofrendo com a crise norte-americana, o Brasil principalmente", afirma o analista da corretora Souza Barros, Clodoir Gabriel Vieira.

Segundo Vieira, a divulgação de vários indicadores nos Estados Unidos essa semana poderá impactar bolsas de valores no mundo, entre elas a Bovespa. Nesta quarta-feira (7/6), o governo americano irá divulgar um balanço sobre o crédito ao consumidor. Até sexta-feira, os dados da balança comercial, do seguro-desemprego e do estoque no atacado também devem chamar a atenção dos investidores.

Nessa terça-feira (6/6), a Bovespa encerrou os negócios com leve queda de 0,5%, aos 36.557 pontos e volume de 2,2 bilhões de reais. Durante todo o dia, o Ibovespa oscilou bastante, chegando a recuar quase 3%. As ações da Aracruz, Vivo e Vale do Rio Doce foram as que mais caíram. Contax, Eletrobrás e Cemig, no entanto, registraram as maiores altas. O dólar comercial registrou alta de 0,31% e encerrou o dia cotado a 2,258 reais para venda. A moeda norte-americana chegou a subir mais de 1,30% durante o dia.

O discurso de ontem do presidente do Fed, Ben Bernanke, continua impactando os negócios em Wall Street. A preocupação com a política monetária e a possibilidade de novo aumento nos juros fizeram o índice Dow Jones, da Bolsa de Nova York, recuar 0,42%, para 11.002,14 pontos. Já o Índice Nasdaq caiu 0,32%, para 2.162,78.