Veja em exemplos reais o gasto total de uma pós no exterior

São Paulo - Os gastos com uma pós-graduação no exterior podem variar bastante de acordo com o curso escolhido e o local. Veja a seguir os gastos detalhados de três pessoas que fizeram cursos internacionais.

Juliana Teixeira – Curso de extensão de Comunicação Visual por um ano em Roma = 21.966 euros ou 1.830 euros por mês. 

Juliana realizou um curso de extensão de Comunicação Visual no Instituto Europeu de Design, em Roma, com duração de um ano. O valor do curso foi 9.000 euros e a taxa de inscrição custou 3.500 euros, totalizando 12.500 euros. Ela ganhou uma bolsa de 4.500 euros, mas para calcularmos o custo total da experiência, vamos desconsiderar a bolsa. Durante o curso, ela morou junto com o namorado em um apartamento, cujo aluguel custou 700 euros por mês. A taxa de condomínio foi de 100 euros por oito meses no inverno (por conta dos maiores gastos com aquecimento geral) e 50 euros por quatro meses no verão. As passagens de ônibus e metrô custavam cerca de 1,50, somando 36 euros por mês.  Ela não costumava comer fora de casa e gastava 280 euros por mês nas compras de supermercado, ou 140 euros por cabeça. O plano do celular, que incluía o valor do aparelho e um plano de internet foi de 50 euros por mês e o plano de internet para a casa saía 15 euros para cada um. 

Na Itália há uma taxa de lixo, de 60 euros, cobrada trimestralmente, que corresponde a um gasto de 10 euros por mês, por pessoa. A conta de luz, cobrada bimestralmente, custava em média 200 euros e a de gás 50 euros, um total de 62,50 euros para cada um por mês. Os gastos variáveis, com lazer, roupas, cosméticos saía 100 euros por mês. “A gente saía realmente muito pouco, porque 15 euros em um cinema ou mesmo cinco euros em um copo de chopp estava fora do nosso orçamento”.

Incluindo o valor do curso, o gasto total foi de 21.966 euros ou 1.830 euros por mês. 

Guilherme Borducchi – Master em Gestão de Empresas de Comunicação na Universidade de Navarra, em Pamplona, por 10 meses = 24.250 euros, ou 2.425 euros por mês.

Guilherme fez um master em Gestão de Empresas de Comunicação na Universidade de Navarra, em Pamplona. Ele também conseguiu uma bolsa, financiada pela Fundação Carolina, mas vamos desconsiderá-la para o nosso cálculo. No total, o curso custou 12.250 euros. As taxas para obtenção do visto somaram 350 reais. Ele morou um tempo em Barcelona e um tempo em Pamplona, e gastou cerca de 650 euros por mês com os aluguéis.

Com alimentação, ele gastava 250 euros por mês, sendo 100 euros com supermercado e o restante em restaurantes. “Aqui dá para comer a partir de sete euros por pessoa, no famoso Menú del Día. Vem entrada, prato principal, sobremesa vinho e pão e tem opções aos montes nas ruas”, conta.

A conta de luz, cobrada a cada dois meses, saía em média 350 euros ou 125 euros por mês. “A conta de luz é muito cara. Para passar o inverno, é bom sempre procurar um piso com calefação central, é muito mais econômico”. A cada dois meses, ele também pagava 20 euros com a taxa de coleta seletiva do lixo e conta de água.

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Com transporte, em Pamplona, Guilherme gastava 15 euros por mês com as passagens de ônibus, usando o desconto para estudante. Em Barcelona, os gastos eram ainda menores porque ele costumava usar o bilhete do sistema público de bicicletas da cidade, que permitia usar as bicicletas repetidas vezes pagando uma taxa de 4,50 euros por mês. Ele também realizou algumas viagens aos finais de semana, que custavam cerca de 200 euros e gastou 150 euros com roupas.

Ele não cita exatamente quanto gastou por mês com estes gastos de transporte, roupas e viagens, mas diz que estes e todos os outros gastos, sem considerar o valor do curso, totalizavam 1.200 euros por mês. Em 10 meses, portanto, incluindo o valor do curso, foram 24.250 euros, ou 2.425 euros por mês.

Renata Issal – Mestrado em Estudos Culturais na Goldsmiths College, da Universidade de Londres, por dois anos = 44.600 libras, ou 1.858 libras por mês

Segundo Renata, a anuidade do Mestrado em Estudos Culturais na Goldness College, da Universidade de Londres, foi de 10.000 libras. O curso foi pago pelo governo britânico, por meio do programa Chevening, que fornece bolsas para estudantes. Mas, novamente, vamos considerar o custo total do curso para efeito de comparação.

Renata morou na residência estudantil da universidade e gastava 400 libras com o aluguel, contas de água, gás, aquecimento, luz e com uma diarista. Com alimentação, ela gastou 120 libras por mês. Estes eram os seus gastos fixos, que totalizavam 520 libras por mês. Os gastos variáveis somavam 460 libras e eram usados com lazer, principalmente para pagar os espetáculos que ela assistia com frequência. “Eu comprei muitos espetáculos, óperas, concertos, shows e algumas vezes eu cheguei a pagar 100, 150 libras de uma vez só", conta.

No total, ela gastou com as despesas fixas e variáveis 1.000 libras por mês. Ela também fez duas viagens durante as férias, uma para a Espanha e outra para a Turquia. Ambas custaram cerca de 300 libras no total.

Nos dois anos, portanto, incluindo o valor do curso, Renata gastou 44.600 libras, ou 1.858 libras por mês.