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Vale a pena investir na previdência privada para o meu filho?

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 (Highwaystarz-Photography/Thinkstock)

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Júlia Lewgoy

Júlia Lewgoy

Publicado em 21 de outubro de 2018 às 07h00.

Última atualização em 21 de outubro de 2018 às 07h00.

Pergunta do leitor: Tenho 37 anos, trabalho com suporte de informática e atualmente meu negócio está ficando bem rentável, porém, não faço ideia de como investir meu dinheiro. Tenho filho e esposa e gostaria de me preparar melhor para o futuro. Pretendo pagar uma previdência privada para o meu filho e abrir uma poupança para fazer uma reserva. É uma boa ideia?

Resposta de Marcela Kawauti*:

Para escolher o investimento mais rentável, é preciso fazer as contas considerando a incidência de impostos e demais taxas. Existem diversos aplicativos e calculadoras virtuais que podem te ajudar nisso.

Porém, acima de tudo, é importante ter objetivos bem definidos. Isso porquê, dependendo da finalidade da aplicação, você pode optar por alternativas mais ou menos rentáveis e arriscadas, mas que estejam de acordo com a liquidez que você precisa.

Pensando nisso, a previdência privada pode ser sim uma boa alternativa, mas apenas se você estiver pensando em investimentos com duração superior a dez anos. Caso contrário, as taxas e impostos cobrados acabam prejudicando muito o seu rendimento.

Se a intenção for manter uma reserva de longo prazo pensando na faculdade ou maioridade do seu filho, por exemplo, há outras opções de baixo risco que podem ser interessantes. Uma delas é o Tesouro Direto IPCA+, que paga uma taxa de juros anual acrescida da inflação oficial do período, garantindo que o dinheiro aplicado tenha sempre um rendimento real – ou seja, acima da inflação.

Outra alternativa são os CDBs e LCs de bancos pequenos, que costumam oferecer melhor remuneração para os títulos com vencimento mais longo. Além disso, a alíquota do imposto de renda cobrada sobre esse tipo de aplicação é regressiva, beneficiando quem mantem o investimento por mais tempo.

Agora, pensando no curto e médio prazo – ideal se você pretende comprar um imóvel ou fazer uma grande viagem daqui a alguns anos, por exemplo – há alternativas bastante seguras e que rendem mais do que a poupança. Uma boa opção são LCIs, LCAs, CRAs ou CRIs, papéis de renda fixa sobre os quais não incide imposto de renda. Esses títulos possuem prazos de vencimento variados, e você pode optar por aquele que mais te convém. 

Por fim, se estiver pensando em uma reserva para imprevistos, em que você pode precisar recorrer à quantia a qualquer momento, é necessário buscar uma aplicação com alta liquidez. Nesse caso, uma boa alternativa é o Tesouro Selic – ele apresenta pouca volatilidade e, portanto, os riscos de você perder dinheiro se precisar vender o título antecipadamente são muito baixos.

*Marcela Kawauti é economista-chefe do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e colabora com o portal Meu Bolso Feliz

 

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