Unibanco obtém seu maior lucro semestral desde o Plano Real

O Unibanco registrou lucro líquido consolidado de 581 milhões de reais no primeiro semestre. É o melhor resultado de primeiro semestre da instituição desde o início dos últimos 12 anos, segundo a consultoria Economática, especializada no mercado acionário. A cifra é 18,3% maior que os 491 milhões de igual período do ano passado, quando o banco apresentou seu segundo melhor desempenho semestral desde 1994.

Em comunicado, o Unibanco destacou a evolução de seus ativos consolidados, que chegaram ao final de junho a 80,011 bilhões de reais. O montante é 21,1% maior que o de junho do ano passado. Do total, as operações de crédito representaram 29,747 bilhões; títulos e valores mobiliários (sobretudo papéis públicos federais) e instrumentos derivativos somaram 18,946 bilhões; e 14,089 bilhões em aplicações interfinanceiras.

Quando se contabilizam as garantias prestadas, as operações de crédito crescem para 30,045 bilhões de reais, o que aponta um crescimento acumulado de 14,7% nos 12 meses encerrados em junho. No final do primeiro semestre, o Unibanco mantinha provisões para perdas com créditos duvidosos de 1,545 bilhão de reais. O valor equivale a 5,1% de sua carteira.

Apesar do provisionamento, o perfil da carteira de crédito da instituição melhorou. O saldo da carteira AA-A (melhor classificação de risco) passou de 68,4% para 76,9% do total de crédito. Já o saldo da carteira D-H (maior risco) caiu de 9,5%, em junho de 2003, para 8,1%, no mês retrasado. Outro indicador de melhora da carteira, de acordo com o banco, é o indicador de transferência líquida de prejuízo em relação a crédito, que baixou de 2,4% para 2,1% na mesma comparação.

O resultado da intermediação financeira antes de provisões passou de 2,899 bilhões de reais, no primeiro semestre de 2003, para 2,976 bilhões em igual período deste ano. As despesas com pessoal e administração somaram 2,385 bilhões, 10,47% maiores na mesma comparação.

O Unibanco encerrou o semestre com 1 429 pontos de atendimento, entre agências, postos bancários e lojas da Fininvest. Em junho de 2003, sua rede possuía 1 409 pontos. O número de clientes, no mesmo período, subiu de 12,9 milhões para 16,7 milhões.