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Tesouro Direto passa a aceitar aplicações e resgates durante suspensões

Mercado de títulos públicos já parou 43 vezes desde maio

Logo do sistema: se o preço do título subir, o investidor poderá levar uma quantidade menor (Wavebreakmedia Ltd/Thinkstock)

Marília Almeida

Publicado em 20 de agosto de 2018 às 11h24.

Última atualização em 20 de agosto de 2018 às 11h31.

Os investidores em papéis federais pelo Tesouro Direto já podem pedir a aplicação ou o resgate mesmo durante os períodos em que o mercado estiver suspenso. A informação é da Secretaria do Tesouro Nacional que explica que as operações deverão ser realizadas diretamente no Portal do Investidor do Tesouro Direto .

Os resgates e aplicações serão liquidados quando o mercado voltar a funcionar, pelos novos preços definidos pelo Tesouro Nacional, mas sem ultrapassar o valor em reais pedido pelo investidor. Ou seja, se o preço do título subir, o investidor poderá levar uma quantidade menor.

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O problema das suspensões é que o investidor não sabe exatamente quando o mercado volta e tem de ficar aguardando para fazer a operação. E, às vezes, não pode operar no horário que o mercado volta a funcionar. Agora ele poderá fazer a operação e aguardar a liquidação.

Tesouro suspendeu negócios por 43 vezes desde junho

A medida é uma solução para a forte instabilidade dos preços dos títulos públicos nos últimos meses, que levaram o Tesouro Direto a suspender ou adiar a abertura das operações diversas vezes para atualizar os valores oferecidos para o varejo. Foram 43 suspensões só de maio para cá, de um total de 44 no ano. Ocorreram 4 suspensões em agosto, 4 em julho, 23 em junho e 12 em maio. Antes, havia ocorrido uma suspensão em 24 de janeiro.

No ano passado, foram seis interrupções, sendo a última em 12 de julho Outras suspensões ocorreram em 20 de junho e, em maio, em meio à crise provocada pelas denúncias de Joesley Batista contra o presidente Michel Temer, que fizeram os juros dispararem, houve quatro suspensões.

Preços oscilam com mercado

Os preços e as taxas dos títulos negociados no Tesouro Direto são baseadas nas taxas negociadas no mercado secundário de títulos públicos e atualizados três vezes ao dia. “Entretanto, em momentos de volatilidade, essas condições podem se descolar de maneira significativa das taxas do Tesouro Direto, tornando os preços disponíveis para investimentos e resgates incompatíveis com os praticados em mercado”, diz o Tesouro. “Nesses casos, a Secretaria do Tesouro Nacional suspende as negociações para atualizar posteriormente os preços e taxas dos títulos aos níveis vigentes”.

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