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Surge a maior bolsa de derivativos do mundo

Fusão, prevista para acontecer no meio de 2007 vai intensificar a pressão pela consolidação do mercado financeiro

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h33.

A Chicago Mercantile Exchange (CME) anunciou nesta terça-feira (17/10) a fusão com a Chicago Board of Trade (CBOT) num acordo de 8 bilhões de dólares, criando a maior bolsa de derivativos do mundo. Com a operação bilionária, as novas parceiras esperam um aumento nos ganhos nos 12 meses seguintes à consolidação do acordo e uma economia de mais de 125 milhões de dólares nos gastos já a partir do segundo ano após a fusão.

O acordo também representa uma solução para os mercados de capitais dos Estados Unidos, que sofrem a pressão da fuga de investidores para outros países após as mudanças nas medidas regulatórias. A manobra ocorre dois anos depois que a CBOT - que dita os preços internacionais de commodities como a soja, importante produto na pauta de exportações brasileira - rejeitou uma aproximação com o mercado de ações." A transação coloca ambas as companhias numa posição de força", diz Terry Duffy, presidente da CME, que deverá ter o mesmo cargo na nova companhia, que será chamada de Grupo CME.

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Nos termos do acordo, os acionistas da CBOT terão direito a receber por ação o equivalente a 0,3006 ações da CME, o que representa 151,27 dólares no preço de fechamento da segunda-feira (16/10). Alternativamente, eles podem optar por receber o valor equivalente na troca, baseada na média de 10 dias de fechamento dos preços da CME. Os termos propostos vão dar aos acionistas da CME 69% das ações do novo grupo.

As conversas entre a CBOT e a CME duraram 12 meses. Nesse período, a CME tentou também outros acordos, como a Euronext e o Intercontinental Exchange. "Temos em mente que o melhor para nós era fazer acordos na mesma área de atuação", diz Charlie Carey, presidente da CBOT, que irá assumir como vice-presidente do grupo após a fusão.

De acordo com o jornal britânico Financial Times, a fusão vai intensificar a pressão pela consolidação no mercado financeiro, principalmente no caso da New York Stock Exchange, que tenta incorporar a Euronext, uma bolsa de valores e derivativos européia com sede em Paris. A transação deixa a Deutsche Börse, atualmente a maior plataforma de derivativos do mundo, sem parceiros com a resistência da Euronext em fazer um acordo pan-europeu.

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