Santander Banespa lucra 890 milhões de reais entre janeiro e setembro
Resultado é 38% inferior ao do mesmo período do ano passado, que contou com um lucro extra decorrente da venda das ações da AES Tietê
Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h33.
O banco Santander Banespa registrou lucro líquido de 890 milhões de reais no acumulado de janeiro a setembro. O resultado é 546 milhões de reais menor que os 1,436 bilhão registrados no mesmo período do ano passado. A instituição informa, porém, que, na comparação com 2005, é necessário considerar um ganho extra de 635 milhões de reais, decorrentes das ações da geradora de energia AES Tietê vendidas pelo banco.
No primeiro semestre do ano passado, três instituições - Nossa Caixa, Banespa e Santander - venderam 20,7 bilhões de ações preferenciais e 6,4 bilhões de ações ordinárias que detinham da geradora, que pertence ao grupo americano AES. A Nossa Caixa possuía 8% do capital total da AES Tietê. Já o Santander, que controla o Banespa, detinha 0,6% do capital. A participação do Banespa era maior - 12,6% das ordinárias e 27% das preferenciais. Esses papéis estavam com o banco, desde o tempo em que a instituição pertencia ao governo paulista.
De acordo com comunicado desta quinta-feira (26/10), o Santander Banespa apresentou avanço em outros indicadores financeiros. O lucro da operação, antes de impostos, ganhos extraordinários e outros, foi de 2,866 bilhões de reais nos nove primeiros meses do ano. A cifra é 29,8% maior que a da comparação.
O banco atribui o crescimento dos resultados ao desempenho das operações de varejo e do atacado. As operações de crédito subiram 24,2%, e as captações de recursos avançaram 23,6%. Com isso, os resultados de intermediação financeira registraram alta de 24,9%. As receitas de prestação de serviços, seguros e capitalização melhoraram 24,4%.
No final de setembro, a carteira de crédito da instituição totalizou 32,480 bilhões de reais. As pessoas físicas apresentaram um volume de operações 30,3% maior. Já as pessoas jurídicas registraram um incremento de 20,1%.
O total de depósitos subiu 17%. O montante administrado pelos seus fundos de investimento também cresceu 28,8%. De acordo com o Santander, a instituição detém hoje 4,6% do mercado de fundos.