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Roubini prevê queda nas bolsas neste ano, devido à freada da China

Economista que anteviu a crise do subprime afirma que os chineses já estão em recessão

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h34.

O economista Nouriel Roubini, famoso por antever a eclosão da crise financeira mundial, prevê mais um ano de perdas nas bolsas de valores. Segundo o professor da Universidade de Nova York, o que motivará a queda dos papéis é a freada da China, que contribuiu em 2008 com 19,5% do crescimento mundial. Roubini estima que os ativos cairão cerca de 20% em todo o planeta, a partir dos níveis atuais até dezembro, de acordo com a agência de notícias Bloomberg.

A avaliação contradiz as expectativas da maior parte dos analistas de Wall Street, que projetam uma alta de 29% para o índice Standard & Poor's 500 neste ano. Para o economista, os chineses já estão em recessão, apesar de o governo ter divulgado uma expansão de 6,8% no quarto trimestre. "A demanda está em queda na China, o país possui excedente de capacidade e há um excesso de oferta mundial. Isso tem implicações muito importantes", afirmou Roubini.

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A análise é compartilhada por Albert Edwards, estrategista global da Société Générale. Edwards também chamou a atenção do mercado, em março de 2007, quando ressaltou que uma contração dos Estados Unidos detonaria uma onda de baixa no mercado de ações. Agora, para Edwards, a freada da China vai reduzir os ganhos no setor industrial, de energia e de matérias-primas. Isso levará à piora do movimento de venda de ações em países emergentes. Nos Estados Unidos, o S&P 500 pode despencar 40%, segundo o economista.

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