Rio de Janeiro tem o 5º maior preço do metro quadrado na América Latina
Na capital fluminense, o preço do metro quadrado é de US$ 2.224. Outra cidade brasileira aparece no ranking com 14 cidades
Karla Mamona
Publicado em 3 de dezembro de 2020 às 13h47.
Última atualização em 3 de dezembro de 2020 às 14h03.
A cidade do Rio de Janeiro tem um dos metros quadrados mais caros da América Latina.Na capital fluminense, o preço do metro quadrado é de US$ 2.224, ficando atrás apenasde Santiago (US$ 3.278/m²), seguido de Montevideo ( US$ 2.857/m²), Buenos Aires ( US$ 2.847/m²) e Cidade do México (US$ 2.269).
Outra cidade brasileira aparece na lista das cidades com o preço do metro quadrado mais caro. São Paulo ocupa a 8ª colocação do ranking com preço de US$ 1.744 o metro quadrado.
Os dados fazem parte de um Levantamento Imobiliário da América Latina (RIAL Di Tella-Navent/Zonaprop) feito pela Navent, empresa da qual o Imovelweb faz parte, em parceria com o Centro de Investigación en Finanzas (CIF) da Escuela de Negocios de la Universidad Torcuato Di Tella. As informações são referentes a setembro de 2020. Veja lista abaixo:
Cidade | Valor do m² (US$) |
Santiago (Chile) | 3.278 |
Montevidéu (Uruguai) | 2.857 |
Buenos Aires (Argentina) | 2.847 |
Cidade do México (México) | 2.269 |
Rio de Janeiro (Brasil) | 2.224 |
Lima (Peru) | 2.080 |
Cidade do Panamá (Panamá) | 1.821 |
São Paulo (Brasil) | 1.744 |
Rosário (Argentina) | 1.654 |
Monterrei (México) | 1.535 |
Guadalajara (México) | 1.535 |
Córdoba (Argentina) | 1.442 |
Quito (Equador) | 1.250 |
Bogotá (Colômbia) | 1.217 |
Preço médio | 1.921 |
Preço em queda
O estudo também analisou o preço dos imóveis nas cidades entre março e setembro deste ano, considerando o dólar nominal (sem considerar a inflação), dólar real e moeda local real. O preço da moeda local real está ajustado pela inflação de cada país, enquanto o preço em dólar real utiliza a inflação dos EUA.
Quando se analisa os dólares nominais, as maiores quedas ocorreram em Córdoba (-13,5%), São Paulo (-9,0%) e Rio de Janeiro (-8,4%). Já em moeda local, as diminuições mais significativas ocorreram em Montevidéu (-8,0%), São Paulo (-1,3%) e Cidade do México (-1,2%).
Cidade | Dólar Nominal | Dólar Real | Moeda Local |
Guadalajara (México) | 9,70% | 8,80% | 4,90% |
Santiago (Chile) | 8,50% | 7,60% | -0,90% |
Lima (Peru) | 7,30% | 6,40% | 8,60% |
Bogotá (Colômbia) | 7,00% | 6,10% | 3,10% |
Monterrei (México) | 6,90% | 6,00% | 2,20% |
Cidade do México (México) | 3,40% | 2,50% | -1,20% |
Quito (Equador) | -0,90% | -1,70% | 0,10% |
Cidade do Panamá (Panamá) | -2,20% | -3,00% | -1,00% |
Montevidéu (Uruguai) | -2,20% | -3,00% | -8,00% |
Buenos Aires (Argentina) | -5,10% | -5,90% | 24,20% |
Rosário (Argentina) | -8,10% | -8,90% | 20,20% |
Rio de Janeiro (Brasil) | -8,40% | -9,10% | -0,70% |
São Paulo (Brasil) | -9,00% | -9,70% | -1,30% |
Córdoba (Argentina) | -13,50% | -14,20% | 13,20% |
Preço Médio | -0,30% | -1,20% | 5,50% |
Sobre o estudo
A pesquisa é realizada duas vezes por ano e tem como objetivo estudar o comportamento do preço dos imóveis que são tipicamente habitados por jovens profissionais de 14 cidades latinoamericanas. Para realizar o estudo, foram selecionados bairros com características semelhantes nessas cidades, utilizando os seguintes filtros:
- Número de quartos: 1 e 2 quartos (excluem-se os estúdios);
- Preço do imóvel: entre US$ 10.000 e US$ 300;
- Área coberta: entre 20 e 100 m²;
- Soma dos metros cobertos (incluindo garagem) e metade dos descobertos menor que 200 m² (área de construção da casa/edifício).
No Brasil, os bairros selecionados para o levantamento foram Botafogo, Copacabana e Ipanema, no Rio de Janeiro; e Ibirapuera, Itaim Bibi, Jardins e Moema, em São Paulo. O levantamento leva em conta os preços anunciados nos sites de imóveis dessas regiões, sendo que a maior parte deles pertence à Navent. Os sites analisados no Brasil foram o Imovelwebe Wimoveis.A metodologia completa do estudo pode ser encontrada no site do CIF.