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Preços de imóveis em SP subiram 192% em 10 anos

Segundo Índice FipeZap Histórico, preços de venda dos imóveis na capital paulista tiveram aumento médio de 192% entre 2005 e 2014, descontando a inflação

Imóveis: os valores de venda dos imóveis em São Paulo entraram em um ciclo de alta a partir de 2004 (PrudencioAlvarez/Thinkstock)
DR

Da Redação

Publicado em 18 de setembro de 2015 às 08h42.

São Paulo - Os valores de venda dos imóveis na cidade de São Paulo subiram 192% entre 2005 e 2014, um aumento médio de 11% ao ano, de acordo com o Índice FipeZap Histórico.

Segundo o índice, os valores de venda dos imóveis em São Paulo entraram em um ciclo de alta a partir de 2004, após duas décadas de queda. “A partir de 2004 temos um boom. Desde então, os preços praticamente triplicaram”, afirma Eduardo Zylberstajn, economista da Fipe.

Já no período de 1975 a 2015, os preços subiram 103%, um aumento médio anual de 1,8%, de acordo com o indicador. A valorização foi calculada descontando-se a inflação do período, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo ( IPCA ).

O cálculo do índice foi dificultado pela grande oscilação da inflação nos anos 1980 e 1990.

Por isso, o estudo também calculou séries deflacionadas pelo Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) e pela cotação do dólar , já descontada a inflação nos Estados Unidos.

A moeda americana é considerada como uma referência, já que, no período, o Brasil registrou mudanças de moeda.

Ao considerar o INCC, os valores de venda de imóveis em 2015 em São Paulo ficam no mesmo patamar de 1975.

O cenário, no entanto, não significa estagnação de preços, pois ao longo desse período os valores oscilaram de forma significativa. Somente entre 2005 e 2015, os preços dos imóveis subiram 140% acima da variação dos custos da construção.

Já ao ajustar os valores dos imóveis pela cotação do dólar, os preços atuais estão no mesmo patamar registrado em 1979. Também neste caso, os valores oscilaram ao longo dos anos e esse patamar somente foi atingido recentemente, por conta da expressiva valorização da moeda americana ante o real.

Apenas neste ano o preço médio dos imóveis caiu 17%, quando medido pela moeda americana.

“Apesar de o crescimento dos preços dos imóveis no país ter sido muito acelerado recentemente, quando comparado a outros países, no longo prazo, não há um comportamento anormal dos preços”, conclui Zylberstajn.

Em média, o crescimento real dos preços de imóveis em 14 países desenvolvidos foi de 1,8% ao ano entre 1975 e 2012, aponta a pesquisa do FipeZap.

Entre os fatores que contribuíram para o aumento generalizado dos preços dos imóveis globalmente está a oferta limitada de terrenos nas grandes cidades, ao mesmo tempo em que a população aumenta.

O índice tomou como base anúncios de imóveis publicados em jornais desde junho de 1975. A partir dessas informações, foi elaborado um índice mensal até 2008, quando passou a tomar como base o índice FipeZap, que começou a ser calculado nesse ano.

No índice, foram considerados preços de imóveis anunciados nos seguintes bairros da cidade: Bela Vista, Brooklin, Campo Belo, Higienópolis, Ibirapuera, Itaim, Jardim América, Jardim Europa, Jardim Paulista, Jardins, Moema, Morumbi, Paraíso, Perdizes, Pinheiros, Sumaré, Vila Clementino, Vila Mariana, Vila Nova Conceição e Vila Olímpia.

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São Paulo - Os valores de venda dos imóveis na cidade de São Paulo subiram 192% entre 2005 e 2014, um aumento médio de 11% ao ano, de acordo com o Índice FipeZap Histórico.

Segundo o índice, os valores de venda dos imóveis em São Paulo entraram em um ciclo de alta a partir de 2004, após duas décadas de queda. “A partir de 2004 temos um boom. Desde então, os preços praticamente triplicaram”, afirma Eduardo Zylberstajn, economista da Fipe.

Já no período de 1975 a 2015, os preços subiram 103%, um aumento médio anual de 1,8%, de acordo com o indicador. A valorização foi calculada descontando-se a inflação do período, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo ( IPCA ).

O cálculo do índice foi dificultado pela grande oscilação da inflação nos anos 1980 e 1990.

Por isso, o estudo também calculou séries deflacionadas pelo Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) e pela cotação do dólar , já descontada a inflação nos Estados Unidos.

A moeda americana é considerada como uma referência, já que, no período, o Brasil registrou mudanças de moeda.

Ao considerar o INCC, os valores de venda de imóveis em 2015 em São Paulo ficam no mesmo patamar de 1975.

O cenário, no entanto, não significa estagnação de preços, pois ao longo desse período os valores oscilaram de forma significativa. Somente entre 2005 e 2015, os preços dos imóveis subiram 140% acima da variação dos custos da construção.

Já ao ajustar os valores dos imóveis pela cotação do dólar, os preços atuais estão no mesmo patamar registrado em 1979. Também neste caso, os valores oscilaram ao longo dos anos e esse patamar somente foi atingido recentemente, por conta da expressiva valorização da moeda americana ante o real.

Apenas neste ano o preço médio dos imóveis caiu 17%, quando medido pela moeda americana.

“Apesar de o crescimento dos preços dos imóveis no país ter sido muito acelerado recentemente, quando comparado a outros países, no longo prazo, não há um comportamento anormal dos preços”, conclui Zylberstajn.

Em média, o crescimento real dos preços de imóveis em 14 países desenvolvidos foi de 1,8% ao ano entre 1975 e 2012, aponta a pesquisa do FipeZap.

Entre os fatores que contribuíram para o aumento generalizado dos preços dos imóveis globalmente está a oferta limitada de terrenos nas grandes cidades, ao mesmo tempo em que a população aumenta.

O índice tomou como base anúncios de imóveis publicados em jornais desde junho de 1975. A partir dessas informações, foi elaborado um índice mensal até 2008, quando passou a tomar como base o índice FipeZap, que começou a ser calculado nesse ano.

No índice, foram considerados preços de imóveis anunciados nos seguintes bairros da cidade: Bela Vista, Brooklin, Campo Belo, Higienópolis, Ibirapuera, Itaim, Jardim América, Jardim Europa, Jardim Paulista, Jardins, Moema, Morumbi, Paraíso, Perdizes, Pinheiros, Sumaré, Vila Clementino, Vila Mariana, Vila Nova Conceição e Vila Olímpia.

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