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Pagamentos pelo WhatsApp foram suspensos, e não proíbidos, diz BC

Diretor do BC afirmou que é preciso ter garantia de que o sistema é aberto, com possibilidade de participação de todas as instituições financeiras

Transferências via WhatsApp: em 23 de junho, o BC determinou que Visa e Mastercard suspendessem o uso do aplicativo de mensagens para realização de pagamentos e transferências de recursos (WhatsApp/Divulgação)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 13 de julho de 2020 às 17h28.

Última atualização em 13 de julho de 2020 às 17h31.

O diretor de Organização do Sistema Financeiro do Banco Central, João Manoel Pinho de Mello, afirmou nesta segunda-feira, 13, que a autarquia não proibiu a realização de pagamentos via WhatsApp no Brasil, mas sim suspendeu o serviço. Segundo ele, essa suspensão ocorreu para que o BC avaliasse o serviço.

Em 23 de junho, o BC determinou que Visa e Mastercard suspendessem o uso do aplicativo de mensagens para realização de pagamentos e transferências de recursos. Na época, o BC alegou que a decisão buscava "preservar um adequado ambiente competitivo, que assegure o funcionamento de um sistema de pagamentos interoperável, rápido, seguro, transparente, aberto e barato".

"Por determinação legal, o BC tem obrigação de garantir que soluções de pagamento sejam interoperáveis e neutras", disse hoje Pinho de Mello. Na prática, isso significa que pagadores e recebedores precisam estar conectados e que todas as instituições financeiras possam participar do sistema com as mesmas condições. "E queremos garantir que seja barato", acrescentou o diretor.

De acordo com Pinho de Mello, notícias na imprensa deram conta que um número limitado de bancos e bandeiras participariam do mercado de pagamentos via WhatsApp. "(A opção) foi ofertada a todos os bancos?", questionou.

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O diretor afirmou que, caso haja a garantia de que o sistema é aberto, com possibilidade de participação de todas as instituições financeiras, será possível autorizar o sistema. "Os entes regulados, Visa e Mastercard, já colocaram (ao BC) pedido de autorização", afirmou.

Ele disse ainda que o BC soube pela imprensa que a solução de pagamento para o lojista, via WhatsApp, "iria custar quase 4%". "O valor chama a atenção", disse Pinho de Mello. "É porque a solução é mais cara? Porque poucos podem participar?" O diretor do BC reforçou que o serviço está suspenso até que a autarquia possa avaliá-lo.

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