Os melhores laboratórios do país
Conheça os oito laboratórios brasileiros com selo de qualidade internacional
Da Redação
Publicado em 26 de outubro de 2012 às 13h14.
Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 16h38.
São Paulo - Dentro de um universo de aproximadamente 15.000 laboratórios no país, apenas oito envergam o atestado de qualidade do Colégio Americano de Patologistas (CAP). Diferente das certificações emitidas por instituições brasileiras, o selo do CAP leva em conta não apenas a excelência na área clínica, que contempla os tradicionais exames de urina e fezes, mas também no campo da anatomia patológica, que envolve biópsias em tecidos e células.
De um lado, há quem credite um número tão modesto aos custos de receber o selo. O certificado do CAP não é barato, as inspeções são realizadas por técnicos de fora e todos os gastos correm por conta do requerente, isto é, do laboratório que deseja entrar nesse seleto clube. Para a farmacêutica bioquímica Ivana Brubaker, gerente da qualidade e segurança do Northwest Clinical Laboratory, em Washington, existem sim atestados nacionais que são mais baratos e igualmente criteriosos. A diferença, explica ela, está no fato do CAP ser reconhecido no mundo todo, “assegurando níveis crescentes de excelência, prazos de entrega cada vez menores e confiabilidade nos resultados”.
Conheça, a seguir, os oito laboratórios brasileiros com o título na parede.
De um lado, há quem credite um número tão modesto aos custos de receber o selo. O certificado do CAP não é barato, as inspeções são realizadas por técnicos de fora e todos os gastos correm por conta do requerente, isto é, do laboratório que deseja entrar nesse seleto clube. Para a farmacêutica bioquímica Ivana Brubaker, gerente da qualidade e segurança do Northwest Clinical Laboratory, em Washington, existem sim atestados nacionais que são mais baratos e igualmente criteriosos. A diferença, explica ela, está no fato do CAP ser reconhecido no mundo todo, “assegurando níveis crescentes de excelência, prazos de entrega cada vez menores e confiabilidade nos resultados”.
Conheça, a seguir, os oito laboratórios brasileiros com o título na parede.
Com mais de 400 mil exames realizados todo mês, o laboratório Santa Luzia conta com 40 unidades de atendimento em Florianópolis, Santa Catarina. Criada em 1974, a empresa foi pioneira no recebimento da certificação do Colégio Americano de Patologistas. O reconhecimento veio em 99. Uma década depois, o laboratório fechou o ano com mais de quatro milhões de exames entregues e cerca de 600 mil clientes. O Santa Luzia também foi um dos primeiros do país a adotar o sistema Ola 2500, que rastreia as amostras arquivadas e garante a destampagem automatizada dos tubos que chegam para a análise.
O menor entre os laboratórios da lista fica em Joinville, em Santa Catarina. O Centro de Diagnóstico Anomato-Patológico, mais conhecido como CEDAP, foi criado em 96. No início, eram apenas nove funcionários. Hoje, são 60. O laboratório é especializado em anatomia patológica e citopatologia. Isso significa que exames clínicos a partir da coleta de sangue e fezes, por exemplo, não são feitos por lá. O mais comum é que os patologistas trabalhem com biópsias que apontam, por exemplo, a evolução de uma doença crônica ou um câncer (foto). O reconhecimento pelo CAP foi conseguido em 2000.
Maior empresa de medicina diagnóstica da América Latina, a Dasa oferece três mil tipos de exames laboratoriais e diagnósticos por imagem. Ao todo, são mais de 300 unidades de atendimento. Em 2004, a empresa foi a primeira do setor de saúde a ser negociada na Bolsa. Para contribuir na realização dos exames e interpretação dos resultados, a Dasa conta com uma equipe multidisciplinar formada por mais de 1.000 médicos. Mas apesar de marcar presença em 13 estados com 18 marcas diferentes, apenas dois laboratórios do grupo são certificados pelo CAP: Delboni Auriemo e Lavoisier, ambos de São Paulo. O selo foi concedido em 2003.
A história dos Laboratórios Clínicos Associados começou em 1998, quando um grupo de empresas se uniu para implementar novas e melhoradas rotinas. Alguns anos depois, surgia o LCA. Atualmente o grupo conta com sete laboratórios de análises clínicas, espalhados entre São Paulo, Bahia, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Entre as marcas, estão nomes como Previlab, Carlos Chagas e Bioclínico. Segundo o LCA, todos os exames que chegam à sede da empresa saem de lá com o crivo do CAP. Em geral, são análises mais complexas, ligadas à imunologia, fertilidade e às doenças da tireóide. Os exames exigem equipamentos sofisticados e, por isso, as amostras coletadas em diferentes localidades são enviadas para a instalação de 1.200 metros quadrados que fica em São Paulo. O LCA conquistou a acreditação do CAP em março de 2003.
Fundado na década de 20, o laboratório Fleury iniciou suas atividades como laboratório de análises clínicas. Com o passar do tempo, o leque de exames deu um salto exponencial, com 37 especialidades médicas abarcadas e mais de 3.000 testes diferentes. As análises vão desde os tradicionais raios-x a exames complexos do sistema nervoso periférico. O laboratório também conta com um núcleo de aconselhamento genético para detecção de possíveis doenças. A grande maioria das 21 unidades da rede se concentram em São Paulo. Em pesquisa realizada pela Ipsos entre março e abril de 2010, o Fleury foi considerado o melhor centro de medicina diagnóstica por 85% dos 220 médicos consultados na capital. Mas Rio de Janeiro e Distrito Federal também têm laboratórios da marca. Na bolsa, o Fleury fez sua estreia em dezembro de 2009. A acreditação pelo CAP veio antes, em 2007.
Investindo em equipamentos de última geração, o Hospital Israelita Albert Einstein oferece exames complexos e acompanhamento médico para todos as análises, tanto as de laboratório quanto as de imagem. São cinco unidades em São Paulo, sendo que cada uma tem uma lista diferente de procedimentos disponíveis. No Ibirapuera, por exemplo, há um equipamento de ressonância magnética ideal para pacientes que sofrem com claustrofobia. Na unidade dos Jardins, é possível rastrear anomalias genéticas no feto. E no centro de diagnósticos no Alphaville, fazer uma endoscopia de alta resolução. O hospital conquistou a certificação do CAP no começo deste ano.
O Instituto Central do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP é o primeiro laboratório da rede pública do Brasil (e o único da América Latina) a obter a certificação do Colégio Americano de Patologistas. Por ali, são entregues cerca de sete milhões de exames por ano, a partir de uma média de 3.500 pacientes por dia. Para o Instituto Central, os benefícios da acreditação pelo CAP vão além do reconhecimento internacional. Como as rigorosas inspeções são realizadas por profissionais de diversas partes do mundo, acabam privilegiando o intercâmbio de práticas. Além disso, o laboratório é habilitado para participar de estudos internacionais que requerem a certificação.
Pequeno e extremamente especializado, o Instituto de Exames Genéticos Genex fica em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. Como o próprio nome denuncia, o diferencial do laboratório é a gama de procedimentos para a identificação de anormalidades nos cromossomos. Todo mês, cerca de 200 exames são realizados com esse fim. Os resultados podem indicar, por exemplo, síndromes genéticas que explicam abortos recorrentes durante uma gravidez, ou mesmo a infertilidade do casal. Muito embora o exame para o reconhecimento da síndrome de Down esteja no topo das requisições, o avanço da genética vem abrindo as portas para outras análises ganharem popularidade. No tratamento de doenças como a leucemia, o estudo dos cromossomos de um tumor pode ser fundamental para orientar a quimioterapia com maior chance de sucesso. O laboratório ganhou o certificado do CAP em setembro deste ano.